SANAA – Pelo menos 42 pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de atentados contra alvos militares em al-Mukalla, no Sul do Iêmen, reduto da al-Qaeda até abril passado. O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques.
“Houve cinco atentados suicidas em quatro setores”, disse à AFP Ahmed Said ben Breyk, governador da província de Hadramut, da qual Mukalla é capital.
Os ataques mataram 33 soldados, uma mulher e uma criança, declarou o secretário de Saúde dessa província, Riad al-Jalili, acrescentando que 25 pessoas ficaram feridas.
Ao anoitecer, no momento em que as tropas quebravam o jejum do Ramadã, três bombas explodiram simultaneamente nos postos de controle dessa cidade portuária.
No primeiro ataque, um suicida, que estava de moto, perguntou aos soldados se podia encerrar o jejum com eles e, então, detonou-se. Em outros dois bairros da cidade, dois suicidas se aproximaram a pé dos soldados, detonando seus cinturões de explosivos em seguida.
Pouco depois, dois homens lançaram um novo ataque suicida na entrada de um acampamento militar, acrescentaram autoridades locais.
Apoiadas pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, as forças do governo iemenita retomaram o controle de Mukalla em 24 de abril, depois de um ano nas mãos dos extremistas da al-Qaeda. Os radicais mantêm, porém, forte presença e controlam várias localidades na província de Hadramut.
O Estado Islâmico, organização extremista rival da al-Qaeda, reivindicou os ataques suicidas, segundo o centro de vigilância americana de páginas jihadistas na web (Site).
A al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), baseada no Iêmen desde 2009, e o Estado Islâmico aproveitaram a guerra civil entre os rebeldes xiitas huthis e as forças governamentais iemenitas para ampliar sua influência no sul e no sudeste do país.