Cotidiano

Chip hormonal promete diminuir desconfortos do período menstrual

INFOCHPDPICT000058886694RIO ? Pensar em chips aplicados ao corpo pode parecer assunto de ficção científica. Os pequenos objetos guardam grandes funções e são realidade em consultórios. Um item de aparência frágil tem mostrado seu potencial de ação para melhorar os desconfortos causados pelo ciclo menstrual, principalmente. O chamado chip hormonal combina até seis hormônios liberados gradativamente no organismo, pelo prazo de seis meses a um ano, e promete reduzir cólicas e outros desconfortos do período menstrual, além de servir de método contraceptivo.

O endocrinologista Francisco Tostes, um dos que já trabalham com o chip, ouviu de suas pacientes que ele trouxe outros benefícios. Melhora da pele e do cabelo e mudanças no corpo, com redução da celulite e ganho de massa corporal, deram a ele mais um apelido, o de chip da beleza. Uma das diferenças em relação a métodos como a injeção e o implante anticoncepcionais é a possibilidade da regulagem dos hormônios e sua liberação gradual.

? O perfil de ação do hormônio nesse caso é diferente do que acontece no da injeção, que em algumas mulheres tem efeitos colaterais, como retenção de líquido e dor de cabeça ? diz o médico, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Paciente de Tostes, a personal trainer Raquel Basílio Gonçalves, de 31 anos, usa o chip hormonal há três meses. O médico fez a sugestão quando ela se queixou dos efeitos da tensão pré-menstrual e do ciclo intenso, causadores de cansaço excessivo. Os benefícios apareceram em menos de dois meses, diz ela.

? O meu treino passou a render infinitamente mais. E aumentei a massa magra, porque consigo pegar mais peso. Passo o mês inteiro bem; não tenho uma semana diferente por menstruar. Meu cabelo e minha pele melhoraram e não sinto efeitos colaterais ? conta Raquel.

Antes de usar o chip, é preciso passar por uma série de exames, como ultrassonografia mamária e exame de sangue completo. A cliente deve informar se tiver problemas de saúde, estiver grávida ou amamentando. O chip também pode ser usado por homens, para reposição de testosterona, por exemplo.

? As doses e os hormônios são escolhidos de acordo com o efeito colateral que o paciente deseja bloquear, ou o beneficio que busca. A partir disso, também são feitas as associações entre eles ? explica Tostes.

O procedimento é feito no consultório, com anestesia local no braço ou no glúteo, onde o chip é aplicado. O valor varia de R$ 2 mil a R$ 3 mil.