Capanema Comissão dos Atingidos pelas obras da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, consórcio empreendedor, Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento), Ministério Público e Secretaria Especial para Assuntos Fundiários se reuniram ontem em Curitiba para dar andamento às negociações.
A reunião discutiu a proposta da empresa em corrigir o valor do caderno de preços, documento que estabelece o montante a ser pago pelas terras alagadas, em 20%, abaixo do índice reivindicado pelas famílias, de 22,79%. Conforme o agricultor Sidinei Martini, o reajuste ficou aquém das expectativas dos atingidos, que tentaram mais uma vez negociar. Até o fechamento desta edição a reunião não havia encerrado, e de acordo com Martini, as discussões, que já duravam quase quatro horas, não avançaram. Está complicado. Não tivemos ainda nenhum avanço, disse o agricultor. Martini acredita que será necessária mais uma reunião para se chegar a um acordo.
Até julho
Além da dificuldade de consenso sobre as indenizações, as famílias esperavam que o Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu apresentasse uma prévia dos imóveis onde serão construídos os assentamentos. Até ontem, nada havia sido apresentado. O Ministério Público determinou prazo para que o consórcio identifique as áreas a serem adquiridas até 8 de julho.
A obra
A UHE Baixo Iguaçu terá capacidade para abastecer um milhão de pessoas. A obra abrange os municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Nova Prata do Iguaçu, Realeza e Planalto, e a previsão é de que entre em funcionamento a partir do segundo semestre de 2018.