SÃO PAULO ? Solto na noite desta quarta-feira, o ex-ministro Paulo Bernardo declarou ser inocente, criticou sua prisão e afirmou que o ministério do Planejamento, pasta que comandou, não possui contrato com a empresa Consist. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de São Paulo de ter recebido R$ 7 milhões de um esquema que desviou cerca de R$ 100 milhões do ministério.
? Sou inocente. Isso vai ficar demonstrado. Acho que essa prisão não era necessária porque eu estava em local determinado, me coloquei à disposição da Justiça e durante três meses não fui chamado. Então, nao vi nenhum motivo para isso. Felizmente, o minsitro do Supremo teve o mesmo entendimento.
Paulo Bernardo afirmou também que o contrato com a Consist não foi firmado com o Planejamento.
? O Ministério do Planejamento não tem nenhum um contrato com a Consist. Ela foi contradada pela associação de bancos e o sindicato de entidades de prevdêcia complementar. Esse contrato é estranho. Em nenhum momento houve contrato do Planejamento com a Consist. É evidente que quem quiser esclarecer isso deve falar com os bancos e as entidades. Eu não tenho nenhuma relação com a Consist.
Ele negou ter despesas pagas pela empresa:
? Isso não procede. Minhas despesas pessoais são pagas com o meu salário.
O ex-ministro não quis comentar a operação da Polícia Federal no apartamento em Brasília, onde mora com sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).