RIO ? Protagonista do último filme de Hector Babenco, “Meu amigo hindu” (2015), o ator americano Willem Dafoe se disse “profundamente triste” com a morte do cineasta, morto na última quarta-feira. Links Babenco
? Mas me consola saber que os filmes maravilhosos dele vão viver para sempre ? disse o ator, ao GLOBO.
No filme, Dafoe interpreta um cineasta com câncer, doença que o próprio Babenco enfrentou nos anos 1990. O diretor, no entanto, sempre negou que “Meu amigo hindu” fosse uma autobiografia. Mesmo assim, o longa, falado em inglês e estrelado também por Maria Fernanda Cândido, Reynaldo Gianecchini, Selton Mello e Bárbara Paz, ganhou um sabor especialmente melancólico após a morte do realizador.
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? Eu amei conhecer o Hector. Era inspirador o jeito que ele vivia tão apaixonadamente a sua vida, e como ele acreditava completamente na beleza do cinema ? acrescentou Dafoe, que foi indicado ao Oscar por “Platoon” (1986) e “A sombra do vampiro” (2000). ? Foi um privilégio ser o ator dele em “Meu amigo hindu”. A história do filme é, precisamente, um reflexo de sua vitória contra uma doença e a sua segunda chance mágica de viver. Por mais que ele fosse um lutador, essa vitória não durou.
Nascido na argentina mas radicado no Brasil, Hector Babenco é considerado um dos mais relevantes diretores nacionais. Foi indicado ao Oscar de direção por “O beijo da Mulher Aranha” (1985), que ainda rendeu a estatueta de melhor ator a William Hurt. Ele também dirigiu os longas “Pixote: A lei do mais fraco” (1981), “Ironweed” (1987) ? estrelado por Jack Nicholson e Meryl Streep ? e “Carandiru” (2003). Babenco morreu na quarta-feira, aos 70 anos, em São Paulok, após sofrer uma parada cardíaca.
