
O Itaú Unibanco, maior banco do Brasil em valor de mercado, e o Banco Safra, de propriedade do bilionário Joseph Safra, apresentaram oferta apenas pelos ativos brasileiros. De acordo com as fontes, nenhuma empresa está interessada nos ativos dos três países.
O Citigroup informou em fevereiro que venderia suas operações de banco de varejo e cartões de crédito nos três países e que manteria, em todos eles, as divisões que atendem clientes institucionais e corporativos. As operações de varejo da empresa com sede em Nova York nunca atingiram a escala necessária para terem sucesso no Brasil e na Argentina, disseram analistas do setor na época. O presidente do Banco Santander Brasil, Sérgio Rial, disse no mês passado que a empresa estava interessada nos negócios do Citigroup, sem oferecer mais detalhes.
Valor contábilOs negócios locais do Citigroup tinham um valor contábil de R$ 5 bilhões (US$ 1,54 bilhão) no Brasil em dezembro, 1,7 trilhão de pesos colombianos (US$ 590 milhões) na Colômbia em setembro e cerca de 10,3 bilhões de pesos argentinos (US$ 691 milhões) em patrimônio líquido na Argentina.
Na Argentina, o Banco Macro contratou o JPMorgan Chase & Co. como assessor e o Banco de Galicia y Buenos Aires contratou o Goldman Sachs, disseram as pessoas. O ativo é avaliado em US$ 300 milhões, disse uma das pessoas.
Na Colômbia, o Grupo Aval Acciones y Valores e o Bank of Nova Scotia apresentaram propostas, segundo uma pessoa.
O Citigroup espera anunciar as vendas em setembro, disse Hélio Magalhães, presidente do banco no Brasil, no início do mês. Magalhães disse que não vê grandes obstáculos para a aprovação do negócio pelo órgão antimonopolista do Brasil, o Cade.
Tito Labarta, analista do Deutsche Bank, disse que a unidade brasileira do Citigroup pode ser avaliada em até R$ 7,9 bilhões em um relatório de 21 de junho, acrescentando que a empresa poderia receber ofertas de até 1,6 vez o seu valor contábil. Ele disse que a compra pode fazer sentido para o Santander do ponto de vista estratégico, ?mas não melhoraria significativamente a posição doméstica do banco, que ainda ficaria atrás de seus principais concorrentes?. O Itaú foi ?visto como mais sensível ao preço?, disse Labarta.
Representantes do Santander, do Scotiabank e do Lazard não responderam aos e-mails em busca de comentário. Citigroup, Credit Suisse, Itaú, Safra, Macro, Galicia, JPMorgan, Goldman Sachs e Grupo Aval preferiram não comentar.