Cotidiano

Obama proíbe extração de petróleo em áreas do Atlântico e Ártico

WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, proibiu novas extrações de petróleo e gás em regiões dos oceanos Ártico e Atlântico de propriedade do governo, na tentativa de melhorar seu legado ambiental antes da posse de Donald Trump no próximo mês.

Obama usou uma lei chamada ?Ato da Plataforma Continental Externa? que permite que chefes de Estado limitem áreas para concessão e extração mineral. Grupos ambientalistas afirmam que a gestão Trump teria de ir à Justiça caso queira reverter a ação do atual presidente. Trump já declarou que tem intenção de expandir a exploração marítima de gás e petróleo.

A proibição engolba 46,5 milhões hectares de água no Alasca, no Mar Chukchi e grande parte do Mar Beaufort e 1,5 milhão de hectares no Atlântico.

Ainda que Trump tenta mudar a decisão, poucas companhias do setor energético manifestaram desejo em exercer atividades de perfuração em alto mar em breve devido à abudância de gás de xisto, mais barato, nos estados de Dakota do Norte e Texas.

O Instituto de Petróleo Americano, representante da indústria, não concordou com a permanência da proibição e disse que Trump poderia usar um memorando presidencial para suspendê-la:

? Esperamos que a nova administração reverta essa decisão já que a nação continua a precisar de uma estratégia robusta para desenvolver energia offshore e onshore ? afirmou Erik Milito, diretor de upstream (exploração e produção) do IPA.

AÇÃO CONJUNTA COM O CANADÁ

A Casa Branca e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau anunciaram juntos o plano para lançar ?ações que garantam uma economia e um ecossistema do Ártico forte, sustentável e viável?.

Obama disse em comunicado que as ações conjuntas ?refletem a avaliação científica de que, mesmo com altos padrões de segurança que ambos os países põem em prática, os riscos de derramamento de óleo na região é significante e nossa habilidade de limpar um vazamento nas duras condições da região é limitada.