Capanema O acampamento dos atingidos pela construção do futuro reservatório da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu completou 14 dias. O movimento iniciou após a recusa da proposta feita pelo consórcio empreendedor sobre as indenizações e a compra de áreas para assentamento das famílias.
O protesto, no entanto, provocou a desmobilização do canteiro de obras por conta do bloqueio montado pelos manifestantes no portão de entrada da usina, que impede a entrada de funcionários. Em nota, o consórcio informou que já acumula grandes prejuízos em razão da obstrução dos acessos. Porém, o maior problema ocorre quanto as demissões. Dos 2.850 trabalhadores, 450 deles já foram dispensados. Na semana passada, a empresa afirmou que a cada dia de bloqueio demitiria 100 pessoas, retornando com as contratações apenas quando a manifestação acabar. O número, no entanto, passou por uma revisão, mas não foi divulgado pelo empreendedor.
A usina aguarda o cumprimento da decisão judicial que na última sexta-feira (28) determinou a liberação dos portões de entrada. O pedido de reintegração de posse foi expedido pela juíza Roseana Assumpção, da comarca de Capanema, mas até o momento não foi cumprido pelo Estado.