RIO – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta segunda-feira um financiamento de R$ 2,56 bilhões para a construção do primeiro de dois sistemas de transmissão da usina de Belo Monte, no Pará, a fazer escoamento de energia para a Região Sudeste. A quantia é um adicional ao já acordado empréstimo-ponte do BNDES de R$ 718 milhões, contratado em 2015, e prevê uma sistema com 2.092 km de extensão, que devem ser concluídos até fevereiro de 2018.
A linha atravessará 65 municípios dos estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais e duas subestações conversoras: Xingu, no Pará, e Estreito, em Minas Gerais. A beneficiária do financiamento é a sociedade Belo Monte Transmissora de Energia SPE S/A (BMTE), controlada pelo grupo chinês State Grid (51%), em parceria com o Grupo Eletrobrás.
A linha de transmissão entre as subestações Xingu e Estreito é caracterizada como ultra-alta tensão (UAT), que permite menores índices de perdas no transporte da energia do que a tecnologia de corrente alternada.
Além da LT Xingu/Estreito, haverá um segundo sistema, com 2.550 km de extensão, que interligará as subestações Xingu (PA) e Nova Iguaçu (RJ) e um terceiro, que transportará energia até a Região Nordeste, passando pelos estados do Pará e Tocantins.
FINANCIAMENTO DE PARQUES EÓLICOS
Nesta segunda-feira, o BNDES informou também a aprovação de um financiamento de R$ 847,9 milhões para implantação dos oito parques eólicos que formam o Complexo Eólico Serra da Babilônia, na Bahia. Segundo o banco, o empréstimo representa 57% do investimento total do grupo Rio Energy, de R$ 1,48 bilhão, que proporcionará capacidade geradora de energia de 223,25 megawatts, o equivalente ao consumo de 480 mil residências.