BRASÍLIA – O governo quer um quorum alto para votação nesta quarta-feira do nome do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A base do presidente Michel Temer tem maioria folgada no Senado, mas a questão é atingir um “quorum seguro” na sessão do Senado marcada para as 11h. A intenção é que estejam em plenário mais de 60 senadores para a votação.
O nome do ministro precisa de pelo menos 41 dos 81 senadores para ser aprovado. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), marcou para o manhã justamente para garantir a presença antes que os senadores viagem para o Carnaval.
A sessão na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) na terça-feira durou quase 12 horas, se igualando à sabatina do ministro Edson Fachin. Moraes foi aprovado na CCJ por 19 votos a sete.
A CCJ tem nove senadores alvos da Lava-Jato. No Senado, são 12. O número reduziu depois que o STF determinou o arquivamento de inquérito envolvendo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PMDB-MA), é um dos investigados na Lava-Jato. Ontem, durante a sabatina, outros senadores investigados estiveram na votação, como Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), também investigada, se declarou impedida de votar e não ficou para a votação. Moraes será relator revisor da Lava-Jato