
Nas operações, que começaram às 2h da manhã no horário de Brasília, cerca de 450 policiais fizeram buscas em apartamentos, empresas e prisões ligadas a uma organização chamada “Fussilet 33 e.V.”, que controlava a mesquita, de acordo com a polícia.
“A causa para estas operações é o fato do ministro do Interior em Berlim ter ordenado o banimento da organização ‘Fussilet 33′”, afirmou o porta-voz da polícia da capital Winfrid Wenzel.
O tunisiano Anis Amri matou 12 pessoas e feriu dezenas em 19 de dezembro após conduzir um caminhão em direção a uma multidão em mercado que vendia produtos para o Natal em Berlim. Amri havia prometido lealdade ao Estado Islâmico e foi morto por policiais italianos quatro dias após o ataque na capital alemã.
Andreas Geisel, ministro do Interior no estado de Berlim, afirmou em uma coletiva de imprensa que Amri ia regularmente à mesquita, controlada pela “Fussilet 33 e.V.” ? incluindo uma visita no próprio dia 19 de dezembro, uma hora antes do ataque ao mercado.
A mesquita está fechada atualmente, mas Geisel justifica que isto não se deve apenas à conexão com Amri. Alguns membros do templo já foram acusados ou até receberam sentenças por apoiar organizações e atos terroristas. No entanto, Geisel indicou que, até agora, não houve evidências de que um novo ataque em Berlim pudesse estar sendo orquestrado pela organização.
Em 31 de janeiro, a polícia alemã prendeu três homens por suspeitas de ligação com o Estado Islâmico. Segundo revelou o jornal “Bild”, eles eram frequentadores da mesma mesquista visitada por Amri, no distrito de Moabit.