
O jornal do governo cita especialistas que preveem pelo menos mais doze filmes acrescentados à cota anual de 34 títulos estrangeiros. Com isso, produtores estrangeiros ficariam mais próximos da receita de 40% dos vendas de ingressos que eles recebem nos mercados externos. Muito mais do que os atuais 25% obtido no mercado chinês.
O “Global Times”, um tabloide conhecido por seus editoriais extensos e de teor nacionalista, é publicado pelo órgão oficial do hegemônico Partido Comunista chinês.
Hollywood tem pressionado por mais filmes estrangeiros nos cinemas chineses antes de futuras reuniões para discutir e revisar o atual acordo de cinco anos entre os dois países, assinado em fevereiro de 2012.
Executivos de Hollywood declararam ter esperanças de que a China aumentará a cota e a fatia de mercado, alinhando-se aos mercados internacionais. Mas as conversações foram atrapalhadas pela posse do presidente americano, Donald Trump, que criticou abertamente a China na questão do comércio e de outro tema sensível para o país, Taiwan.
Em uma ligação nesta sexta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping, Trump deu um empurrãozinho no acordo, ao suavizar o discurso sobre Taiwan e concordar em honrar a duradoura política de “uma China”.
Em 2016, a venda de ingressos nos cinemas chineses refreou bastante, crescendo apenas 3,2% em relação ao ano anterior e arrecadando um total de US$ 6,6 bilhões. Em 2015, o crescimento foi de quase 50%.
No entanto, o mercado chinês está se tornando cada vez mais importante para produtores americanos, da Disney até Time Warner. Em 2016, ajudou a acrescentar US$ 1,8 bilhão em vendas de ingressos nos 20 filmes mais rentáveis do ano.