WASHINGTON – Agências de inteligência americanas acreditam que a Rússia agiu secretamente para impulsionar Donald Trump na corrida eleitoral. A informação foi dada por funcionários do governo dos Estados Unidos aos principais jornais.
Segundo uma reportagem do “New York Times” publicada neste sábado, as agências têm fortes evidências sobre o envolvimento russo na atuação de hackers, enquanto o “Washington Post” afirma que uma avaliação da CIA indica descobertas similares.
A equipe de Trump, por sua vez, desmente os fatos, alegandi que as pessoas que estão por trás destas afirmações são as mesmas que diziam que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. Já as autoridades russas negaram repetidamente as acusações.
O presidente Barack Obama ordenou na sexta-feira que todos os órgãos de Inteligência dos EUA façam um reexame integral dos ataques cibernéticos que podem ter interferido nas eleições presidenciais de novembro, vencidas pelo republicano Donald Trump. O relatório deve ser concluído antes de o magnata assumir a Casa Branca, em 20 de janeiro, e deverá esclarecer se houve influência russa na campanha.
Durante a campanha, uma série de e-mails de membros do Partido Democrata foi tornada pública, prejudicando a candidata Hillary Clinton.
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Na última reportagem do New York Times, altos funcionários do governo dizem que estão confiantes de que os hackers russos também infiltraram os sistemas de computador do Comitê Republicano Nacional, bem como os do Partido Democrata, mas não liberaram informações obtidas das redes republicanas.
As agências de inteligência também dizem que os russos transmitiram os documentos dos democratas à WikiLeaks.
Citando um “alto funcionário americano”, o “Washington Post” afirmou que “agências de inteligência” identificaram indivíduos ligados ao governo russo que forneceram ao WikiLeaks milhares de e-mails do Comitê Nacional Democrático, incluindo conversas do presidente da campanha de Hillary Clinton.
Na época da campanha, Trump surpreendeu ao defender que hackers russos divulgassem as mensagens que ela teria apagado quando era secretária de Estado, em caso que é investigado pelo FBI. E o republicano também fez elogios a Vladimir Putin, considerado um ditador por grande parte dos americanos.
