Cotidiano

No Paraná, cresce seguro que substitui o fiador

No Paraná, cresce seguro que substitui o fiador

O fiador de carne e osso é uma espécie em extinção no Brasil, em particular no Paraná. Na capital, cada vez mais inquilinos recorrem ao seguro fiança locatícia como garantia do aluguel. Segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), o mercado local arrecadou R$ 67 milhões de janeiro a julho de 2023, crescimento de 19,4% na comparação com igual período do ano passado. Nos primeiros sete meses do ano, o total em resgates ficou em R$ 41 milhões. Paraná concentra atualmente 48% de toda a arrecadação com fiança locatícia no Sul.

Em todo país, o faturamento ficou em R$ 781 milhões, crescimento de 12%, com um total de R$ 326 milhões pagos em resgates. Para Átila Santos, vice-presidente da comissão de riscos de crédito e garantia da FenSeg, o bom resultado se deve a um ajuste recente do mercado. “As seguradoras se adequaram bem à regra da Susep, emitindo apólices pelo período total do contrato,  com o pagamento mensal como uma assinatura de streaming, sem pesar no bolso do inquilino”, diz.

Outro fator importante, para Santos, foi o receio dos fiadores após a decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2021, que consolidou a tese de que é constitucional a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação, seja residencial ou comercial. “Nesse cenário, a fiança locatícia se tornou a solução mais segura”, conclui.

Fonte: PR Portais