Saúde

Cascavel soma 75 casos positivos e 423 aguardam resultado de exame

Apenas o trabalho dos agentes de endemias não é suficiente para conter o Aedes aegypti; população tem que fazer o ‘dever de casa’

Cascavel soma 75 casos positivos e 423 aguardam resultado de exame

Cascavel – Os casos de dengue em Cascavel estão aumentando semana a semana, mesmo com as autoridades de saúde alertando a população quanto aos cuidados para coibir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além de transmitir a dengue, preocupa pela transmissão de Chikungunya e Zika. O boletim semanal divulgado pela a Secretaria Municipal de Saúde ontem (10), apontou um aumento de 11 casos, chegando a 75 casos positivos e todos autóctones, ou seja, contraídos dentro da própria cidade.

Além dos casos confirmados, existem ainda outros 423 aguardando coleta ou análise de exame. Já de Chikungunya são 5 casos confirmados da doença, sendo 4 autóctones e um importado; também já foi confirmado um óbito. O caso (Chikungunya) foi de um idoso de 71 anos, morador do Bairro Coqueiral, região Oeste da cidade que morreu no último dia 30 de março, sendo que os sintomas iniciaram no dia 9 deste mesmo mês, ou seja, em apenas 21 dias.

De acordo com o relatório, os casos estão espalhados pela a cidade, sendo 6 casos confirmados nos Bairros Interlagos e Santa Cruz. Com 5 casos estão os bairros Parque Verde e Periollo, em seguida o Morumbi com 4 casos e com 3 casos estão outros vários bairros, como o Guarujá, Presidente, Country, Universitário, Centro, Floresta, Brasília e Pioneiros Catarinenses.

A cidade está com risco alto de transmissão da doença, já que o último Liraa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral), apontou 4,3% de índice e, além disso, em algumas regiões chega a 8,8%, bem acima do 1% que é o recomendado pela a Organização Mundial da Saúde. As pessoas que tiverem sintomas devem procurar atendimento médico porque é importante serem orientadas e realizarem o exame.

Segundo a Sesau, é preciso uma mobilização geral na luta contra a dengue e é importante que os moradores façam o “dever de casa”, com a faxina semanal, não deixando locais que possam acumular água. A ideia é que toda família se engaje contra o mosquito e verifique o bebedouro dos animais, vasos de plantas, recipientes no quintal e faça a destinação correta dos lixos.

10 mil casos

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) divulgou nesta semana o novo boletim, com 10.351 novos casos da doença no Paraná e o registro de mais oito óbitos. Ao todo, no período sazonal da doença que iniciou em 31 de julho de 2022 e segue até julho de 2023, são 45.784 confirmações e 29 mortes: 10 mulheres e 19 homens. Os casos confirmados estão presentes em 328 municípios.

De acordo com o informe epidemiológico, dos novos óbitos, quatro ocorreram em Londrina sendo dois homens, de 90 e 65 anos, ambos com comorbidades, e duas mulheres, de 30 e 54 anos, uma delas sem comorbidades. Duas mortes foram registradas em Foz do Iguaçu, uma mulher de 54 anos e uma criança de 2 anos e 11 meses, ambas sem comorbidades. As outras duas são referentes a dois homens, de 65 e 62 anos, sem comorbidades e residentes em Matinhos, no Litoral.

Levantamento da equipe de Vigilância Ambiental da Sesa mostra que os números de casos registrados até agora são próximos aos confirmados em todo o período sazonal anterior, que contabilizou 43.751. Já nos anos de 2020 e 021, foram confirmados 14.843 casos e, em 2019 e 2020, 157.418, com 122 óbitos.

Já o panorama de chikungunya no Paraná revela 2.239 notificações, 395 casos confirmados da doença, sendo 274 autóctones, e três óbitos. A Sesa tem realizado várias ações e investimentos para o enfrentamento das doenças, além de manter acompanhamento de toda a evolução do período epidemiológico.

Foto: Secom