Depois de 21 dias fazendo a sucção dos sedimentos no trabalho de assoreamento do Lago Municipal de Cascavel, o sistema de dragagem montado para “limpar” o cartão postal da cidade, atingiu a potência máxima de sucção que é de 100 metros cúbicos por hora. Dois motores estão fazendo o trabalho de bombear o material que é levada por 350 tubos, de 12 metros cada, até um terreno que fica no Bairro Cascavel Velho, há 3,5 quilômetros de distância.
Nestes primeiros 20 dias de “limpeza”, pois a dragagem começou efetivamente no dia 2 de março, a draga vinha sugando 70% da sua capacidade. No total, serão retirados 21 mil metros cúbicos de sedimentos e feitas contenções e a recuperação ambiental do entorno do Lago, para que não ocorra novamente o assoreamento. O custo da obra é de R$ 3,8 milhões, pago com recursos próprios da Sanepar.
O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, e o presidente da Sanepar, Cláudio Stábile, estiverem ontem (23) no local acompanhando os trabalhos. Stábile disse que a companhia tem programas de segurança hídrica e de segurança da água que trabalham com dois pilares: quantidade e a qualidade da água para consumo humano. Ele reforçou o papel do lago para Cascavel. “A Sanepar está cuidando da qualidade da água para termos a garantia de uso em situações de necessidades extremas como foi no período da estiagem recente”, explicou.
Para Paranhos todo processo está sendo executada de forma cautelosa e eficiente. “O processo está sendo feito de forma eficiente. E não só o desassoreamento em si, mas toda a infraestrutura de proteção no entorno do lago”, disse. O desassoreamento, composto por seis fases, começou em 2022 e os testes da dragagem em janeiro, mas apenas no começo do mês é que a sujeira começou ser retirada, depois da avaliação de cada etapa e o acompanhamento da evolução da retirada do material e do transporte dos resíduos.
Conforme a Sanepar, o cronograma está dentro do previsto e atende a 70 condicionantes apontadas pelo IAT (Instituto Água e Terra), assegurando que seja executado de forma sustentável e responsável a fim de aumentar a vida útil do lago. A obra era esperada há ano no lago que contém mais de 4 bilhões de litros vindos das nascentes do Rio Cascavel
A retirada da sujeira está considerando pontos específicos e de resíduos acumulados não originais do reservatório. Para efetuar os serviços, em alguns momentos da instalação será preciso fazer uma interdição parcial da pista de caminhada, como forma de garantir a segurança dos usuários e das pessoas que atuam na obra. Nesses momentos serão instaladas sinalização, proteção e avisos de alerta nos pontos de acesso ao Lago.
A previsão é que a dragagem do material ocorra até o fim de julho e que as obras complementares de instalação de taludes, recomposição de pavimentos, plantio de mudas e grama e resgate da fauna sejam feitas gradativamente ao longo da execução do desassoreamento, devendo ser concluídas até novembro.
O Lago Municipal é um dos maiores reservatórios do país, dentro do perímetro urbano, contendo uma lâmina d’água equivalente a 39 hectares de área.
Foto: Secom
