A falta de quórum na sessão que julgará a cassação do mandato de Eduardo Cunha é uma possibilidade que tem afligido os opositores do ex-presidente da Câmara. Para contabilizar a presença dos deputados, o site Congresso em Foco desenvolveu uma ferramenta que vai registrar as confirmações de presença entre os parlamentares.
Segundo o site, a consulta foi feita a cada um dos 513 deputados por e-mail. Até o momento, apenas 34 deles confirmaram presença na votação. Para afastar Cunha, ao menos 257 precisam votar a favor da proposta, que recebeu parecer favorável à cassação pelo Conselho de Ética da Casa. A ferramenta será atualizada diversas vezes ao dia. A próxima deve ocorrer às 15h desta terça-feira.
A votação está marcada para às 12h do dia 12 de setembro, segunda-feira.
MEDIDA FAVORÁVEL A DILMA FOI USADA COMO ARGUMENTO
O tratamento recebido por Dilma Rousseff no Senado chegou a ser usado como argumento para o julgamento de Cunha. Carlos Marun (PMDB-MS) chegou a defender que, se Cunha fosse cassado, escapasse de ficar inelegível por oito anos, mas, posteriormente, voltou atrás.
Na semana passada, durante a conclusão do julgamento do impeachment, a ex-presidente perdeu o mandato, mas manteve a habilitação para ocupar função pública.