
No entanto, o IPC foi político ao dizer que a China possui seu controle de doping, como todos os países, mas que vão acompanhar caso os atletas se queixem.
? Sobre o doping, não tenho nenhuma informação. Por isso, não posso responder. Tivemos uma reunião informal no IPC, e essa questão foi levantada, não exatamente relacionada ao doping. Sempre investigamos essas questões independentemente de qualquer coisa. Os atletas brasileiros e ucranianos têm declarado, e claro que vamos levar em conta, porque somos uma entidade centrada nos atletas. Então, se for o caso, claro que vamos averiguar ? disse o presidente do IPC, Sir Philip Craven.
A desconfiança vem também porque esses atletas que têm batido os recordes não participaram dos últimos mundiais. São desconhecidos dos público e dos atletas. Essa “escondida de jogo” da China aumentou a suspeita. O choque maior foi na prova de natação no revezamento 4x50m livres até 20 pontos. Os chineses venceram batendo recorde anterior por 11 segundos. A marca anterior, feita pelo Brasil, era 2m29s80. Agora, o novo recorde é de 2m18s03.
Além da grande diferença total, o desempenho surpreendente foi, em grande parte, responsabilidade do nadador Wenpan Huang, que na sua parcial no 50m livres foi de 36s64, seis segundos abaixo do recorde na prova individual, que é de 42s60. Ele foi mais veloz que o rival brasileiro, Daniel Dias, que é duas classe a cima do Chinês.
? A China tem seu próprio controle de dopagem. Os atletas paralímpicos chineses participam de controles como todos os atletas de outros países. Não temos por que desconfiar e nem não desconfiar ? disse Craig Spenc, diretor de comunicação do IPC.
Nenhuma investigação formal foi aberta contra a China até agora. Recentemente, duas semanas antes dos Jogos Paralímpicos começarem, a Rússia foi banida da competição por manter durante anos um sistema de fraude em resultados de doping do país.