Santa Terezinha – O Comitê Permanente de Alienação de Resíduos da margem esquerda de Itaipu visitou os barracões de coleta solidária de Santa Terezinha de Itaipu e de Santa Helena, na Bacia do Paraná 3 área atendida pelo programa Cultivando Água Boa. A coordenadora do Comitê, Marlene Curtis, disse que o objetivo das visitas foi levar integrantes para conhecer os modelos de coleta seletiva dos dois municípios, que são referência, e as parcerias firmadas pelas cooperativas de catadores com o poder público, para então levá-los a outras cidades da região.
Também participaram das visitas os integrantes do CPAR-ME Jeferson Bofinger, Lorivan Webber, João Barlota Pessin, Josias Aguera da Costa e Marcos Antonio Bandeira Ribeiro. Santa Helena foi o primeiro município a assinar o contrato de prestação de serviços com os catadores, em 2013, com apoio do Programa Coleta Solidária de Itaipu. A prefeitura paga um determinado valor por tonelada processada e a associação ainda vende o material.
Esse trabalho garante a cada um dos 40 associados uma renda de até R$ 1,5 mil por mês, período no qual são processadaos de 70 a 100 toneladas de material. Hoje, temos renda e a sociedade reconhece a importância do nosso trabalho, nos respeitam como cidadãos que somos, afirmou o presidente da Associação de Catadores de Recicláveis de Santa Helena, Valdevino Lazarotto, o Valdo.
Em Santa Terezinha, a formalização do modelo de coleta seletiva ocorreu em 2004, com o apoio de Itaipu, do Centro de Referência de Assistência Social, da Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu, o Coletivo Educador, o Programa EcoCidadão Paraná e a Tetra Pak. Até a formalização, cada catador faturava, em média, R$ 450 por mês. Hoje, os 36 associados recebem cerca de R$ 1,2 mil cada. Todo o perímetro urbano e rural do município são atendidos e quase 90% do material coletado é reciclado em média, 100 toneladas por mês.