Levantamento realizado pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil, mostra que o total das contratações de crédito rural na safra 2021/222 superou em R$ 47,4 bilhões o valor inicialmente disponibilizado em junho de 2021, de R$ 251,2 bilhões. Ou seja, o montante contratado atingiu um teto na ordem de R$ 298,6 bilhões, que foram aplicados até junho de 2022. “Isso ocorreu porque, no decorrer do ano-safra, a disponibilidade de recursos e concessão de financiamentos nas fontes livres e controladas, mas não equalizadas, a exemplo das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e dos Fundos Constitucionais, respectivamente, superaram as expectativas”, esclarece o analista de Desenvolvimento Técnico da Getec, da área de Mercado, Salatiel Turra.
Origem dos recursos – A maior parte dos recursos repassados teve origem na poupança rural (47%); em recursos obrigatórios (21%); em recursos com taxas livres (10%); em fundos constitucionais (4%), no BNDES equalizável (7%) e em outras fontes (1%).
Cooperativas – O boletim da Getec demonstra que, de julho de 2021 até junho de 2022, as cooperativas brasileiras captaram R$ 37,54 bilhões, sendo a maior parte destinados à industrialização, custeio, comercialização e investimento, nesta ordem de importância. Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 13,15 bilhões, representaram no plano safra 2021/2022 mais de um terço dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos: industrialização e custeio. Segundo Turra, essa captação de recursos poderia ser ainda maior se existisse disponibilidade de recurso orçamentário do Plano Safra 2021/22. “Entretanto, apesar das adversidades impostas pelo cenário econômico, as cooperativas paranaenses acreditam que a agregação de valor, por meio de investimentos em industrialização, seja o fator diferencial para expandir mercado e suas margens de lucros, consequentemente”, afirma ele.
Captação total – Já a captação total de recursos na política do crédito rural, em junho da safra 2021/2022, apresentou um forte crescimento em relação ao acumulado do mês anterior, mantendo-se próximo do acumulado no mês de junho da safra 2020/2021, ficando com uma margem significativa superior ao acumulado de recursos aplicados nas safras 2017/18, 2018/19, 2019/20.
Fonte: Ocepar