Às vésperas do Natal, a fabricante de bebidas Ambev anunciou que o Paraná será o berço de mais uma planta industrial da empresa. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e executivos da companhia assinaram, nesta quinta-feira (23), um protocolo de intenções para investir em uma nova fábrica de vidros sustentáveis no Estado, em um investimento que soma R$ 870 milhões.
“Esse é mais um investimento fantástico para o Paraná. A Ambev já é uma referência em sustentabilidade no nosso Estado e no mundo. Agora, eles trazem mais essa boa notícia: uma indústria de garrafas de vidro, que segue a política da empresa de fazer a reciclagem das garrafas. É mais geração de emprego e renda que atraímos para nossos municípios“, destacou o governador.
A fábrica de vidros vai produzir garrafas a partir da reciclagem de cacos recolhidos a partir de uma parceria com empresas de logística reversa e cooperativas. Serão produzidas garrafas dos tipos long neck, 300 ml, 600 ml e 1 litro para diversos rótulos da empresa, tais como Brahma, Skol, Budweiser, Stella Artois, Becks e Spaten.
A fábrica vai abastecer cervejarias do Paraná e de diversos outros estados. A empresa ainda está realizando estudos para determinar qual município vai receber a fábrica. A previsão é que as operações sejam iniciadas até 2025.
Para Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos, a nova planta vai dar fôlego para a produção das demais fábricas da empresa, estabilizando o fornecimento de vidro – que hoje depende muito da importação. “A pandemia mudou os hábitos de consumo, o que mexeu com a dinâmica dos insumos e deixou o mercado mais dinâmico e complexo com relação a commodities e matéria-prima. Essa fábrica vem nos ajudar a retomar a capacidade de produção no Brasil”, ressaltou o executivo.
“Esse é um investimento sustentável, que já nasce com energia renovável, com estratégia de usar o caco como insumo, e incentivando a garrafa retornável. Essa é uma fortaleza no nosso país e no nosso negócio”, complementou.
SUSTENTABILIDADE – A nova unidade representa uma aposta no desenvolvimento da logística reversa e economia circular, e está alinhada à meta da empresa de ter 100% dos seus produtos em embalagens retornáveis ou feitas majoritariamente de conteúdo reciclado até 2025.
O vidro, material largamente utilizado como embalagem para bebidas, tem grande potencial de reciclagem. Quando reciclado, além de fomentar a cadeia de logística reversa, gera impactos positivos como redução do consumo de energia e das emissões de CO2 lançados na atmosfera.
A unidade já será construída usando apenas fontes de energia elétrica renovável, e será equipada para operar com biocombustíveis. Além disso, ela terá uma estação para tratar 100% dos efluentes gerados e reaproveitar a água utilizada no processo.
Para Figueiredo, é natural que esse investimento seja feito no Paraná, um Estado reconhecido pelas suas políticas de desenvolvimento sustentável. “Por essa pegada de ser um Estado sustentável, já temos aqui a primeira grande cervejaria carbono neutro do Brasil. Reduzimos as emissões em mais de 90% e estamos fazendo a neutralização desse residual, mostrando que é possível e que o Paraná tem essa liderança sustentável, agora também com a fábrica de vidros que vai produzir muita garrafa sustentável”, ressalta.
Ele complementa, ainda que o Paraná sempre foi um Estado importante para a Ambev, com fábricas em Ponta Grossa e Curitiba, centros de distribuição em diversos municípios e parcerias com o agronegócio de Guarapuava.
PRESENÇAS – Compareceram ao encontro os secretários estaduais Renê Garcia Junior (Fazenda), Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); e da Ambev, o vice-presidente de Relações Corporativas, Ricardo Gonçalves Melo; o vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos, Rodrigo Figueiredo; o vice-presidente de Supply, Valdecir Duarte; o diretor de Suprimentos, Victor Dreux Miranda; o gerente de Relações Institucionais, Filipe Barolo; o gerente de Relações Corporativas, Tiago Antônio Pereira e a gerente jurídica tributária Ana Teresa Rosa Lopes.