Foz do Iguaçu – O juiz da 5ª Vara Federal, Edilberto Barbosa Clementino, determinou que façam a exumação do cadáver de Ademir Gonçalves Costa, que morreu em circunstância misteriosa no dia 28 de janeiro deste ano após ser abordado por agentes da Receita Federal na aduana da Ponte da Amizade, na fronteira com o Paraguai.
Ele atende ao pedido dos advogados da família de Ademir, que semana passada apresentaram um laudo produzido paralelamente pelo perito criminal Sergio Hernandez com o farmacologista Leandro Molina. O documento aponta a causa mortis de Amir por asfixia direta e indireta e não por intoxicação exógena ocasionada pela ingestão de lidocaína, fenacetina, sildenafil e clobenzorex, como aponta o laudo apresentado pela Polícia Federal.
No mesmo despacho, o juiz susta o arquivamento do processo feito pelo Ministério Público Federal e suspende o delegado da Polícia Federal Renato Obikawa Kyosen, que inocentou os servidores da Receita Federal acusados de abuso de autoridade e agressão durante a abordagem à vítima.
De acordo com o advogado de defesa, Wilson Neres, o próximo passo agora é o cumprimento da ordem judicial, que é a exumação do cadáver para nova perícia.