Cascavel – A exemplo do que foi verificado em grande parte das cidades brasileiras, o mês de junho deste ano fechou com crescimento na inadimplência em comparação com o mesmo período do ano de 2016. O aumento no índice de registros no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da Acic foi de 28%. O número de negativações em junho passado foi de 5.500 contra 4.290 do mesmo mês em 2016.
Alguns fatores são detectados como prováveis causas para o avanço da inadimplência no período. Um deles é o aumento dos registros por parte de empresas na tentativa de receber mediante o pagamento da última parcela do FGTS inativo. Outro seria o retorno de certa instabilidade devido aos desdobramentos da crise política brasileira, que atingem especialmente o presidente Michel Temer, e a demora na aprovação de reformas estruturais importantes para tirar o País da crise.
O setor de SPC da Acic informa também que a baixa de nomes do Serviço de Proteção ao Crédito, ou seja, de pessoas de quitaram suas dívidas, limparam seu nome e deixaram o sistema, cresceu 2%. Em junho último foram 3.407 ante 3.347 de junho de 2016. Por sua vez, houve recuo também no total de consultas, de 2%. Foram 47.918 contra 48.933 de junho do ano passado.
No Brasil
O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam um total de 59,76 milhões de pessoas físicas negativadas no País no fim de junho – um saldo de 1,5 milhão de nomes incluídos nas listas de negativação ao longo do primeiro semestre de 2017. O número reflete as dificuldades que o cenário de desemprego elevado impõe às famílias. O número representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Em junho do último ano, a estimativa apontava a marca de 59,1 milhões de inadimplentes.