Toledo – O aumento do preço do litro do óleo diesel em 0,2% já provoca movimentação dos sindicatos dos caminhoneiros autônomos de todo o Brasil. A promessa de greve geral com a paralisação e realização de bloqueio de rodovias não está descartada, de acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Toledo, Vanderlei Paulo Pires de Oliveira. “Estamos aguardando o posicionamento oficial dos líderes nacionais e o que for decidido, vamos acatar”, disse. “Se for preciso bloquear as rodovias novamente em protesto contra o descaso do governo federal com a luta diária dos caminhoneiros, vamos fazer”, admitiu. Os bloqueios nas rodovias da região oeste do Paraná, mais especificamente na BR-467, entre Cascavel e Toledo, devem ocorrer já na próxima semana.
Segundo Vanderlei de Oliveira, a reclamação é geral, não só dos caminhoneiros. “O povo brasileiro não aguenta mais ser obrigado a tapar os buracos deixados pelo governo atual como resultado da má gestão do dinheiro público”. O líder sindical afirma que por enquanto, a situação para o caminhoneiro está cômoda, por conta da safra, mas a partir do momento em que a oferta reduzir, o drama será sentido com força pela categoria.
Oliveira fez um cálculo simples, afirmando que quem tem três ou mais caminhões, no mínimo arca com uma majoração das despesas de pelo menos R$ 5 mil só em combustível. “É dinheiro suficiente para pagar a parcela de um caminhão novo”, compara. Ele lembra que em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, já ocorreu manifestações contra o aumento do preço do litro do diesel.
Já o presidente do Sindicam/Cascavel (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Cascavel), Jeová Pereira, vê com ceticismo a possibilidade de a categoria reverter qualquer posicionamento do governo federal em relação à elevada carga de impostos que atinge diretamente os caminhoneiros. “Não adianta mais fechar rodovias e protestar. Já fizemos isso e os resultados ficaram inalterados. O correto é o caminhoneiro calcular bem se o frete vale a pena antes de pegar a estrada”.