Toledo – A Patrulha Maria da Penha completou um ano de operação em Toledo no dia 8 de agosto. Para marcar essa data, as secretarias de Políticas para Mulheres e Segurança e Trânsito organizaram um evento no auditório Acary de Oliveira, na Prefeitura de Toledo. Na ocasião foram apresentados os números da violência contra a mulher e os resultados da patrulha nesse primeiro ano de atuação.
A delegada da Mulher, Fernanda Lima, informou que já instaurou o inquérito de número 521 deste ano, demonstrando que em Toledo ainda precisa avançar nas questões de segurança e de violência contra a mulher.
Há 11 anos, a Lei Maria da Penha foi aprovada no Brasil. Em homenagem à lei que tem como objetivo combater a violência doméstica, o Instituto Maria da Penha lançou no dia 7 os Relógios da Violência. Esse relógio virtual foi exibido no início do evento.
Apesar dos números da violência contra mulher em Toledo envolverem um universo bem maior, se considerados os atendimentos na Delegacia da Mulher e nas varas criminais da cidade, a Patrulha Maria da Penha atendeu 349 Medidas Protetivas de Urgência até 31 de julho deste ano.
Até o dia 9, 136 casos eram monitorados em Toledo. Dos 198 casos de desligamento, 78 deles foram solicitados à revogação, e outros 26 o agressor retornou ao lar.
Se consideradas as regiões da cidade, a Patrulha acompanha 32 casos na região da Vila Pioneiro, 27 na região do Panorama, 24 na região do Europa, 21 do Coopagro, 16 do Porto Alegre, 10 no Centro e seis no interior do município.
O evento contou com a presença de integrantes da Guarda Municipal de Cascavel. A cidade vizinha pretende oferecer o mesmo serviço lá em breve e buscou o exemplo em Toledo.
A secretária de Assistência Social e Proteção à Família, que também acumula a pasta de Políticas para as Mulheres, Marisa Cardoso, disse que “na verdade não comemoramos a violência contra a mulher, mas não podemos deixar de comemorar um serviço que tem apresentado bons resultados no combate a essa violência”. Ela destacou ainda que só nos últimos anos, três mulheres foram assassinadas em Toledo.
A juíza da 2ª Vara Criminal de Toledo, Luciana Lopes do Amaral Beal, lembrou a história da Maria da Penha e elogiou Toledo, por ser a quarta cidade do Estado a implantar a Patrulha.