Brasília – Os estudos do governo federal para cortar gastos e que incluem diretamente a máquina pública vão mexer no bolso dos ministros. Isso porque ele quer incluir todas as verbas recebidas por servidores no cálculo do teto, que equivale aos R$ 33,7 mil recebidos pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Por exemplo: se a nova regra para o teto salarial no serviço público já estivesse em vigor, seis dos 28 ministros do presidente Michel Temer teriam rendimentos cortados.
Para baixar o rombo bilionário das contas públicas, a equipe econômica propôs uma série de medidas, entre elas a "implantação efetiva" do teto salarial, que equivale ao salário bruto dos ministros do STF, hoje em R$ 33,7 mil mensais.
A proposta prevê que o teto vai valer para todos os poderes e também para estados e municípios. Além disso, passarão a ser incluídas no cálculo "todas as verbas recebidas pelos servidores", incluindo verbas indenizatórias e jetons (gratificações).
Hoje o entendimento do Supremo é que verbas indenizatórias, como auxílio moradia e creche, por exemplo, não entram no cálculo do teto. Os jetons, gratificações por participação em reuniões, também não são incluídos na conta.
Para começar a valer, a nova regra para o teto do funcionalismo, proposta pela equipe econômica, precisa ser aprovada pelo Congresso. A estimativa é de que ela gere uma economia anual de R$ 725 milhões apenas com verbas que deixarão de ser pagas a servidores do Poder Executivo.