Essa poderia ser apenas uma história sobre a luta contra o câncer de mama, mas é sobretudo, um exemplo de fé e superação. Magna Cristiana da Silva Alves, 44 anos, descobriu a doença em 2019, e iniciou seu tratamento na Uopeccan de Umuarama. “Meu seio começou a ficar dolorido depois que meu filho que estava brincando comigo deu uma cotovelada. Após, fiz a mamografia e em seguida a biópsia, que comprovou o câncer de mama”, ressaltou Magna. Nesse processo, ela passou pelas quimioterapias, mastectomia simples na mama direita com linfadenectomia axilar com retirada de 14 linfonodos (ínguas), sendo 4 desses comprometidos pela doença.
Depois de 15 dias após o início do tratamento, em um domingo, Magna foi surpreendida com o travesseiro cheio de cabelo. Ela conta que passava a mão na cabeça e os fios caiam. “Lembro que meu couro cabeludo estava dolorido, eu só chorava. Foi quando eu decidi raspar minha cabeça e comecei a enxergar esse período como um propósito”, afirmou.
MASTECTOMIA
A mastectomia é a cirurgia de remoção da mama e consiste em um dos tratamentos cirúrgicos para o câncer de mama. Estudos mostram que a sobrevida sem doença é a mesma em mulheres tratadas com mastectomia versus cirurgia conservadora da mama associada a radioterapia.
Segundo o médico cirurgião oncológico Dr. Erico Neimar Ferneda da Uopeccan de Umuarama, foram avaliadas as margens cirúrgicas do tumor da mama e dos linfonodos da axila da paciente, que evidenciou comprometimento causada pelo tumor. Optado então por realização de mastectomia simples com linfadenectomia axilar. “Ela evoluiu com uma boa recuperação no pós-operatório, retirando os pontos depois de 15 dias da cirurgia, realizou tratamento com quimioterapia e radioterapia adjuvante. No momento está em acompanhamento ambulatorial e sem sinais de recidiva da doença”, afirmou o médico.
Ainda de acordo com o especialista, para as mulheres preocupadas com o reaparecimento da doença, é importante entender que fazer a mastectomia em vez da cirurgia conservadora da mama associado à radioterapia, reduz o risco de desenvolver um segundo câncer na mesma mama, mas não diminui a chance de metástases à distância (quando o câncer atinge outros órgãos).
MULHERES DE FÉ
Nesse período, começou a nascer uma nova mulher com a criação de um grupo no WhatsApp, chamado ‘Mulheres da fé’, auxiliando mulheres em tratamento de câncer com ajuda espiritual e fisicamente. “No começo eram somente 4 e hoje somos 83. Eu sentia a necessidade de ter alguém para me ajudar e sentia falta desse auxílio. Muitas vezes não conseguimos nos expressar com um familiar, mas com uma amiga. Aprendi amar de uma maneira diferente, dar mais valor à vida e às pessoas que estão ao meu lado. Não fazer o bem só para quem me faz bem, e sim para aqueles que eu não conheço”, explicou a administradora do grupo, Magna.
(Assessoria Uopeccan)