Saúde

Paraná recupera parte do déficit de 110 mil doses para D2 em pouco mais de 200 municípios

Doses da CoronaVac que chegaram ao Paraná são fruto de articulação no Ministério da Saúde

Novo lote da vacina CoronaVac chega ao Paraná 
24/02/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Novo lote da vacina CoronaVac chega ao Paraná 24/02/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Parte das novas remessas de vacinas contra a covid-19 que chegaram ao Estado nas últimas semanas é resultado da articulação da Secretaria da Saúde no Ministério da Saúde para readequações necessárias no Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19.
Após o pedido do governo do Estado, o governo federal readequou os envios e destinou 188.800 doses do imunizante CoronaVac/Butantan para o Paraná. As vacinas são destinadas para a segunda aplicação (D2) de esquemas vacinais já iniciados. Segundo levantamento da Sesa, o Estado estava com déficit de 110 mil doses para D2 em pouco mais de 200 municípios.

Documentos com esses levantamentos foram apresentados ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e ao secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, em visitas do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, e do diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Junior, à Brasília no último mês.

Seguindo a orientação do 17º informe técnico do Ministério da Saúde, o Paraná irá destinar as doses de CoronaVac enviadas na 19ª pauta para conclusão de esquemas vacinais incompletos. As 188,8 mil doses recebidas do imunizante serão destinadas a partir desta semana para esse ajuste nos municípios que registraram falta de vacinas para aplicação de D2, além de complementação de esquema para frascos enviados com nove doses (cada frasco-ampola multidose deve conter 10 doses de 0,5ml/dose).

“No último mês, tivemos pelo menos três reuniões no Ministério da Saúde, inclusive com a presença do governador Ratinho Junior, onde solicitamos o envio destas doses em falta, além de solicitarmos revisão do número dos grupos prioritários. Agora com o envio destas doses, poderemos suprir a demanda reprimida e dar continuidade ao processo de imunização no Paraná”, disse Beto Preto.

O 18º informe técnico do Ministério da Saúde informa que “atendeu o quantitativo total de D2 da vacina solicitados pelos estados” e que “ações de descumprimento do Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19 (PNO) não serão reparados pelo MS, uma vez que prejudicam a ordem nacional voltada à interrupção da pandemia”.

Diante disso, o secretário reforçou o pedido para que os municípios cumpram com as orientações de destinação das vacinas para que não haja novas faltas de vacinas ou atraso de aplicação de D2 para os paranaenses.

O documento acrescenta que “mesmo em atraso, o esquema vacinal deverá ser completado com a administração da D2 o mais rápido possível” e que “é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal, no entanto o intervalo entre as doses deve ser cumprido”.

VIGILÂNCIA – A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes, explicou o motivo da falta de doses para D2. “O Ministério da Saúde envia as doses com destinação específica por grupo, além de designar o que deve ser primeira e segunda dose. Sendo assim, quando um município aplica mais doses como primeira dose (D1), tirando das D2, consequentemente irão faltar doses para complementação do esquema”, disse.

Ainda segundo a diretora, após o pedido dos municípios por mais doses, a Sesa realiza uma avaliação para envio de mais vacinas. “A equipe técnica do Programa Estadual de Vacinação analisa o quantitativo solicitado pelo município, confere o número de doses enviadas para ele e verifica se foi notificado no sistema nacional de imunização. Após essa conferência, se os dados baterem e se for verificado que há necessidade de mais doses, o Estado realiza o envio”, explicou.