Não sou um político de promessas

Ex-presidente do Bairro Cataratas, o vereador Valdecir Alcantara (PSL) figura em sua primeira legislatura adotando uma postura política populista, para que sejam ouvidas as reivindicações de quem não tem voz. Sua representação de base ao governo municipal facilita a cobrança e o cumprimento de determinadas ações, que conforme ele, são essenciais para um bem-estar coletivo. Até agora, Alcantara possui 117 proposições protocoladas, sete delas projetos de lei, três de autoria exclusiva.

Adaptação

“Adaptar a minha experiência como presidente de bairro ao meu mandato é um desafio. Sempre fui muito ligado às questões sociais e antes de ser eleito, tentei ainda em 2013 uma candidatura ao Legislativo, porém, só obtive 521 votos. Para mim estava bom, mas não foi suficiente para entrar na vida pública. Nesta época me sentia insatisfeito com as demandas que eram solicitadas à prefeitura e que nunca eram atendidas. Precisava fazer alguma coisa para mudar essa realidade”.

Firme

“Com 1.733 votos válidos, me elegi em outubro de 2016 e sigo firme em minha proposta: estar junto da população ouvindo suas dificuldades e tentar resolver seus problemas. A expectativa do povo é de que o vereador trabalhe e fiscalize, e este é meu papel. Não deixo as pessoas esperando, vou atrás do que precisam. Praticamente não fico no gabinete, a não ser quando há sessão [da Câmara de Vereadores]. Meu serviço é estar na rua”.

De Norte a Sul

“Ser eleito vereador é uma faculdade. Desde janeiro de 2017 estou aprendendo dia após dia, conhecendo a minha cidade para poder resolver parte dos problemas. O que vejo é que cada bairro tem alguma deficiência. Sempre fui muito ativo no [bairro] Cataratas, até por ter presidido a associação dos moradores, mas como representante do povo sei que devo trabalhar por um conjunto, pensando de forma coletiva, envolvendo todos neste propósito. Já passei por todos os bairros em meu primeiro ano de mandato e será assim até o fim”.

Em comum

“Apesar de cada bairro ter um problema específico, a saúde se tornou algo em comum. É preciso dar uma atenção especial ao setor, que aos poucos vem melhorando. As UPAs [Unidades de Pronto Atendimento], por exemplo, já estiveram bem piores e hoje vejo que estão diferentes e para melhor”.

Promessas

“Não sou um político de promessas e nunca fiz isso. Não prometo nada a ninguém, apenas ouço a solicitação e digo que vou tentar, que farei meu trabalho de vereador e estarei sempre em busca do melhor à comunidade. Não gosto de aparecer muito, geralmente nunca estou na mídia, pois tenho um objetivo: cumprir meu mandato com muito trabalho, ir à reeleição e só depois disso tentar uma cadeira na Assembleia Legislativa”.

Resposta demora, mas chega

“A população cascavelense sofre bastante com problemas básicos, e todos os dias aqui em meu gabinete chegam várias reclamações, sejam elas de buracos no asfalto, mato alto, entre outros. A resposta nem sempre vem no tempo que a comunidade quer ou espera, às vezes é um pouco demorada, mas sempre chega. Cobro diariamente o Executivo sobre as demandas que encaminho e é desta forma que venho conduzindo meu trabalho”.

De olho na educação

“A educação ainda pedala. Por ano, são necessárias 500 novas vagas nos Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) em Cascavel. Porém, é muito difícil acompanhar esta demanda, visto que o município a cada ano que passa precisa de estruturas maiores por conta de seu crescimento populacional, o que infelizmente ainda não se tem 100% de solução. Além disso, foi necessário programar, junto com a Secretaria de Meio Ambiente, um período de limpeza nas escolas antes do início do ano letivo. São esses detalhes que fazem a diferente lá na frente”.

Lei esquecida

“Fiz uma lei, ainda em 2017, que dá oportunidade ao artista local em se apresentar antes dos grandes shows. Mas, não vejo isso acontecer na cidade. Farei um requerimento [ao Executivo] para saber o que está acontecendo, por qual motivo a lei não é cumprida. O verdadeiro artista quer mostrar seu talento e esta é uma chance”.

Saúde da mulher

“Para o mês de março vou cobrar a Secretaria de Saúde para que se faça um trabalho mais forte em cima de uma lei que criei sobre o combate à depressão pós-parto. Como é o mês da mulher, penso em ações estratégicas de orientação, com panfletagens. É um tema necessário e que precisa ser abordado”.

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