Brasília – O Ministério da Economia revisou sua projeção para a recessão em 2020, decorrente da pandemia de covid-19, e espera agora uma queda de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. A previsão consta na grade de parâmetros da SPE (Secretaria de Política Econômica), divulgada nessa terça-feira (17). Anteriormente, a retração estimada para a economia em 2020 era de 4,70%.
“A melhora na projeção de PIB se deveu aos resultados positivos dos principais indicadores mensais do IBGE. Pode-se destacar também o desempenho esperado para a agricultura que, segundo estimativa do IBGE, deverá atingir safra recorde, crescendo 4,4% em relação ao ano de 2019”, afirma o documento.
Mesmo assim, se confirmada, será a pior recessão da história, segundo dados do IBGE, com início em 1901. Até então, a maior queda foi registrada em 1990, de 4,35%, na esteira do Plano Collor I e do confisco do dinheiro das cadernetas de poupança.
A equipe econômica espera uma recuperação acelerada no próximo ano. Para 2021, a projeção de crescimento foi mantida em 3,20%.
Para 2022, a estimativa de alta no PIB também continuou em 2,50%. O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023 e 2024, ambas em 2,50%.
A expectativa de inflação em 2020 foi revisada para cima, em linha com a alta nos preços de alimentos. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos, a estimativa para a alta de preços do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), inflação oficial, passou de 1,83% para 3,13% neste ano. Para 2021, a projeção passou de 2,94% para 3,23%.