Política

Informe da redação do dia 25 de março de 2018

Dança das cadeiras

A janela partidária aberta na Câmara Federal para a troca de partidos terá reflexos no Paraná. É dada como certa a saída do deputado federal Alfredo Kaefer (foto) do PSL. E bastou anunciar sua pretensão em sair que sobraram convites. Declarado apoiador de Alvaro Dias na candidatura à Presidência da República, tem a porta aberta para ingressar no Podemos. Seu grande aliado na Câmara, deputado Jovair Arantes insiste em tê-lo no PTB. Até porque Alex Canziani poderá disputar uma vaga ao Senado. Estão avançadíssimas também as conversas com o PP, conduzidas inclusive pelo ministro de Saúde, Ricardo Barros, que quer tê-lo na campanha de Cida Borghetti ao governo do Paraná.

Outras saídas

E por falar em PP… Um dos nomes dados como certo no Partido Progressista é do deputado federal Osmar Serraglio (MDB), que inclusive foi ministro do Governo Temer.

Saia curta

Desconfortável em apoiar Ratinho Júnior (PSD) ao governo estadual, o deputado federal Evandro Roman está de malas prontas para o DEM. Já o deputado Edmar Arruda está propenso a deixar o PSD.

Dupla identidade

Imbróglio à vista nas alas do PR no Paraná. O deputado Fernando Giacobo, presidente do partido, manifesta vontade de apoiar Ratinho Júnior, porém, os dois outros deputados do partido, Luiz Nishimori e Christiane Yared, estão inclinados a ir com a Cida, o que também poderá fazer com que haja mudanças de cadeira no Partido Republicano paranaense.

Prévia do jogo

Com as articulações em andamento, fica cada vez mais visível a desidratação da candidatura de Ratinho Júnior, que está ficando sem base de apoio de deputados. Diante disso, o jogo político desenhado até agora no Paraná poderá unir Ratinho e Osmar Dias, com um na disputa pelo governo e o outro ao Senado.

Tempo de TV

E o prognóstico de Ratinho é sombrio: o tempo de TV. Pelas contas atuais, o deputado terá menos tempo até do que o próprio PT. A confirmar o desenho atual, com o apoio apenas do PSC – que comandou por anos no estado antes de ir para o PSD -, sua “aliança minguada” lhe confere pouco mais de 1 minuto na propaganda eleitoral.

Com folga

Já as articulações de Ricardo Barros para a candidatura da esposa, a vice Cida Borghetti (PP), garantiu um amplo leque de alianças partidárias para disputar o pleito de outubro. Além do próprio PP, Cida deverá contar com apoio de PSDB, DEM, PTB, PSB, PPS, Pros, PMB, PHS, PMN, SD e PSL. Ou seja, terá o maior tempo de televisão dos 12 minutos e 30 segundos do horário eleitoral. Na composição atual, Cida teria no mínimo 5 minutos para expor sua candidatura ao eleitorado paranaense.

Na cola

Logo atrás, com algo perto de 3 minutos, aparece o ex-senador Osmar Dias (PDT). Por ora, devem formalizar apoio ao pedetista MDB, PRB, PV e Podemos. Na sequência, vem a dobradinha PT-PCdoB, que, com quase 2 minutos, tende a lançar o ex-deputado federal petista Dr. Rosinha ao governo do Estado. Pelo visto, o mar não está para ratinhos.

Itaipu com Barros?

Ricardo Barros deve deixar o Ministério da Saúde ainda nesta semana e volta ao seu mandato na Câmara dos Deputados, mas, comenta-se, que terá forte papel na indicação do novo diretor-geral da Itaipu, já que, por tradição, o presidente Michel Temer deixa para que a vice-governadora Cida Borghetti escolha o substituto, tão logo assuma o governo, a partir de 7 de abril.

Importância

A Itaipu virou a menina dos sonhos dos prefeitos de toda a região oeste e até de alguns agregados, devido ao grande volume financeiro prometido em projetos de sustentabilidade recém-anunciados. Em tempos de vacas magérrimas, abrir mão de um convênio com a Itaipu é quase que decretar a falência da prefeitura. Ou seja, mais uma carta na manga de Barros para pavimentar o sonho de conquistar o Palácio Iguaçu.