Cotidiano

Osteoporose crescerá 32% até 2050

Estudo divulgado pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, sigla em inglês) revela que a longevidade acentuou o aumento de incidência de fraturas nos idosos estimando que o número de brasileiros com osteoporose deve crescer 32% até 2050, outro importante destaque é que a ingestão de cálcio está abaixo do recomendado. “Além do cálcio que contribui para a saúde dos ossos, os lácteos possuem uma grande quantidade de nutrientes, proteínas de alto valor biológico, peptídeos bioativos, essenciais para o bom funcionamento do organismo”, explica Ana Paula Del'Arco, nutricionista e consultora da Viva Lácteos – Associação Brasileira de Laticínios.

Estima-se que 20% da população mundial tenha mais de 60 anos em 2050, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Brasil, a expectativa média de vida é de 74,6 anos, mas a tendência é de que se viva mais nas próximas três décadas. Com essa perspectiva, é importante ter uma alimentação adequada para poder aproveitar a terceira idade com saúde, evitando assim doenças como a osteoporose e o diabetes.

Alimentos

Os produtos lácteos se destacam pelo alto teor de proteínas, que contêm todos os aminoácidos indispensáveis para o corpo, ajudando na prevenção da sarcopenia (que é a diminuição da massa muscular e força física com o avanço da idade), e, por ser fonte de cálcio, fósforo e magnésio, que contribuem para a manutenção da saúde óssea, ajudando na prevenção da osteoporose. O iogurte é ainda uma ótima fonte de probióticos que podem aumentar a sensibilidade à insulina e reduzir inflamações, ajudando na prevenção ao diabetes. Os produtos lácteos fermentados também têm papel importante neste processo, já que estão relacionados com a microbiota intestinal, envolvida no contexto da síndrome metabólica e do diabetes.

No caso das mulheres, o cuidado deve ser redobrado, já que a perda de massa óssea pode chegar a até 5% por ano durante a menopausa. Isso ocorre devido à redução do hormônio estrogênio e a consequência dessa perda ao fim de cinco anos é a osteoporose pós-menopausa.

O leite é a principal fonte alimentar de cálcio na nossa dieta e seus benefícios na saúde óssea e na prevenção da osteoporose há muito foram comprovados. Além disso, é possível adicionar ao leite, outros alimentos como frutas batidas, aveia e outros cereais para aumentar a densidade energética e nutricional e melhorar a consistência, para aqueles que têm disfagia.

"Na terceira idade, os lácteos são muito importantes na alimentação, tanto do ponto de vista nutricional, como pelo fato de dispensarem a mastigação, ajudando aqueles que têm problemas de dentição. Para quem tem disfagia, que é a dificuldade de engolir, a consistência pastosa do iogurte e do leite, quando batido com frutas e aveia, por exemplo, é excelente", afirma a nutricionista.

 

O que é?

A osteoporose é a perda acelerada de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento, provocando a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, isso provoca a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas. A OMS (Organização Mundial de Saúde) define osteoporose como sinônimo de DMO (Densidade Mineral Óssea) diminuída.

É um problema comum nas mulheres após a menopausa, pois consiste na redução da massa dos ossos, com alterações em sua microestrutura. A osteoporose torna mais frágil a estrutura óssea da paciente, aumentando a probabilidade de ocorrerem fraturas, que podem ter graves consequências.

Contudo, é uma doença silenciosa e, na maioria das vezes, evolui de forma assintomática. É preciso ter acompanhamento médico regular, assim é possível identificá-la e iniciar o tratamento o quanto antes.

Entre os homens, a osteoporose é mais comum depois dos 65 anos. Cerca de 2 mil brasileiros morrem anualmente em consequência de complicações de fraturas dessa doença.

Estima-se que 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 desenvolvem osteoporose no mundo.