Opinião

Artigo presidente da Acic: Juntos, venceremos o coronavírus

Leia o posicionamento do presidente da Acic, Michel Lopes sobre a pandemia

Presidente da Acic, Michel Vitor Alves Lopes - Foto:Assessoria
Presidente da Acic, Michel Vitor Alves Lopes - Foto:Assessoria

OPINIÃO: Juntos, venceremos o coronavírus

 

Por Michel Lopes, presidente da Acic

De forma bastante respeitosa e democrática, venho oficialmente falar um pouco sobre o que vem acontecendo, e nossa posição enquanto entidade empresarial, a respeito da pandemia em nossa cidade. A prioridade máxima é a defesa da vida e ao lado da administração pública e entidades, garantir as condições necessárias para que os doentes sejam assistidos da melhor forma, tanto no que se refere à qualidade das instalações, dos atendimentos e dos equipamentos disponíveis para a sua recuperação.

Respeitamos todas as posições e opiniões! Jamais desrespeitaremos qualquer pessoa ou ideologia. Tem quem ame trabalhar e gerar riquezas, que é o nosso caso e, por isso, lutamos tanto para que tenhamos possibilidade de gerar riquezas e desenvolvimento para a nossa cidade e região. Valorizamos aqueles que desfrutam de boa parte do dia conosco no trabalho, muitas vezes reconhecidos como a nossa família mesmo sem laços consanguíneos.

Acompanhamos estudos, como o do professor Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas, inclusive amplamente divulgado pela imprensa, demonstrando que onde ocorreu lockdown (isolamento horizontal) prolongado não se registrou o efeito desejado, como vimos na Itália e na Espanha. Chegamos à conclusão e respeitamos quem diverge, que o lockdown não resolve o nosso problema. O que resolve é respeitarmos a regra número 1 no combate ao coronavírus: o DISTANCIAMENTO.

Acompanhamos estudos em países onde não houve nem isolamento horizontal nem isolamento vertical, como no Japão, e os números não foram, nem de perto, próximos do que vimos no mundo todo. O motivo desse resultado será o respeito pelas regras na cultura nipônica? O que é certo ou errado, não sabemos… é tudo muito novo e indefinido. Estamos presenciando que não se tem uma fórmula de solução rápida a esse grande desafio. Estamos cegos em debates de interesses político e de polarização de ideias. Isso não salva vidas e só piora uma crise sanitária e de estrutura na saúde pública. Aliás, discursos sem fundamentação alguma.

Na segunda-feira da semana passada, fizemos na Acic, e todos acompanharam pela imprensa, testes em todos os nossos colaboradores. Fizemos isso por querer o bem de cada um que lá está e também por respeitá-los e considerá-los muito. Queríamos que todos pudessem desempenhar suas funções com tranquilidade e com saúde, mas infelizmente tivemos casos positivos. Passados todos esses dias, todos estão bem e em isolamento em seus lares, de forma assintomática. Isso só foi possível porque fizemos os testes antes de sentirem qualquer sintoma.

Importante frisar que a Acic segue atendendo, observando restrições e redobrando cuidados, e aguardando de portas abertas já na próxima semana todos aqueles que são a razão de estarmos lá, a nossa grande orquestra que se dedica diariamente nas soluções empresariais, as quais ajudam a dar condições competitivas, por meio do associativismo, a todas as empresas cascavelenses. A eles o nosso mais profundo sentimento de orgulho!

No início da pandemia, discutimos que precisaríamos testar o máximo de pessoas possível para saber o cenário e traçar estratégias para o bom combate à disseminação. Foi o que fizemos na Acic.  A nossa cidade está testando muito mais do que qualquer outra no Estado e, por isso, estamos tendo muitos casos positivos. Era isso o que se defendia desde o início.

Testar em massa, termo esse utilizado pelas autoridades, facilita o descobrimento dos assintomáticos que são vetores e se consegue assim precocemente isolá-los, mantendo todos os cuidados com àqueles que têm que trabalhar e levar comida para as suas casas. Já passamos mais de 80 dias desde o lockdown em Cascavel e, pasmem, ainda há discursos de que precisaríamos estar fechados até hoje!

Graças a Deus, temos números controlados. É preciso reconhecer o trabalho da administração pública municipal e principalmente dos profissionais da saúde, os quais reconhecemos acima de qualquer liderança local pelo desempenho impecável de suas funções. Isso sim é amar o que se faz! Amar o seu trabalho! Amar a sua profissão! Amar levantar cedo e fazer o que escolheu para a sua vida! Querer fazer a diferença neste mundo.

Devemos parar de culpar A ou B e pensarmos realmente em fazer cumprir o que cientificamente é comprovado no combate ao coronavírus: mantermos e respeitarmos o distanciamento, higienizar várias vezes ao dia as nossas mãos, usar máscaras e respeitar nossos idosos. Vemos que é possível continuar trabalhando sem ser contaminado. Para isso, cada um precisa fazer a sua parte.

Continuaremos lutando pela manutenção de nossas empresas abertas e pela abertura daquelas que ainda não têm essa possibilidade. Vamos implantar uma cultura de respeito às pessoas que querem e precisam trabalhar e às empresas que querem produzir e gerar empregos, nosso foco maior nesse momento. Solicitamos que as empresas possam realmente fazer o “dever de casa” e coibir aglomerações, respeitando o limite estabelecido pelo decreto municipal, no que tange ao número de pessoas em cada estabelecimento. Além de ampliar atenções no que se refere às questões de limpeza e higienização.

Com responsabilidade, respeito, atos de civilidade e com a benção celestial, passaremos por isso juntos, todos juntos. Conclamamos que quem puder ficar em casa ou trabalhar por meio do home-office, que assim o faça, mas precisamos definitivamente entender que isso só vai passar se cada um de nós entender o seu papel individual na sociedade. Mais uma vez, reitero, façamos a nossa parte!