Saúde

Os efeitos nocivos do açúcar no cérebro

efeitos do açúcar no cérebro são parecidos, quando consumido em excesso, com aqueles provocados pelo consumo de drogas, como a cocaína.

Os efeitos nocivos do açúcar no cérebro

O efeito negativo do açúcar no corpo, como diabetes e obesidade, é conhecido por muitas pessoas. O que muitos não sabem é que alimentos com açúcar, encontrado em balas, refrigerantes, doces e pães, trazem efeitos negativos também ao cérebro, impactando diretamente no humor, na função cognitiva e até na sensação de bem-estar psicológico.

De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, foi comprovado que os efeitos do açúcar no cérebro são parecidos, quando consumido em excesso, com aqueles provocados pelo consumo de drogas, como a cocaína.

Com a pesquisa e testes feitos em ratos, foi comprovado que o açúcar induz as mesmas respostas na região do cérebro conhecida como “centro de recompensa” como a nicotina, a cocaína, a heroína e o álcool. O produto estimula a liberação de neurotransmissores – dopamina em particular.

Humor

O endocrinologista da Estância do Lago – Spa & Wellness, Fabiano Lago, aponta que um dos efeitos do excesso de açúcar no cérebro é a alteração do humor: “Com a ingestão de açúcar exagerada e a longo prazo, ficamos refém dele por conta da liberação de serotonina [conhecido como o hormônio do bem-estar]. Por isso, afirmamos que o termo ‘chocólatra’ é verdadeiro. Quando as pessoas eliminam o açúcar, é comum sentirem sintomas desagradáveis como dor de cabeça, ansiedade e queda de pressão, parecido com uma abstinência de drogas”, explica o endocrinologista.

Dados recentes dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla americana) apontam que nunca tiveram tantos casos de pré-diabetes e diabetes tipo 2 nos Estados Unidos. “Diversos números mostram que as pessoas estão consumindo mais açúcar devido à indústria alimentícia. Os resultados dessa alimentação descontrolada estão na saúde das pessoas. Precisamos reverter esse quadro”, diz o endocrinologista.