Curitiba – O governo do Estado reforça o pedido para que a população evite aglomerações como forma de controlar a circulação do coronavírus no Paraná, mas que não deixe de consumir, evitando assim a desaceleração brusca da economia.
Decreto assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na segunda-feira (16) determinou a suspensão de qualquer evento organizado pelo governo estadual, com mais de 50 pessoas. Contudo, em reunião com entidades do setor de hotelaria, gastronomia, turismo, bares e casas noturnas, o chefe da Casa Civil, Guto Silva, esclareceu que a medida não atinge locais particulares.
Ele explicou que bares, restaurantes, hotéis e casas noturnas, por exemplo, podem funcionar normalmente. Mas pede bom senso aos empresários do setor no combate à proliferação da doença. “Não é momento de pânico, mas de bom senso. O Estado não impede a atividade comercial, mas orienta para que se evite grandes concentrações de pessoas”, afirmou o secretário. “Quanto mais bom senso por parte de todos, antes conseguiremos superar essa crise”.
Soluções criativas
O chefe da Casa Civil ressaltou que o governo estimula soluções criativas por parte do setor empresarial. Iniciativas que ajudem no enfrentamento ao vírus mas que possam reduzir o impacto negativo na atividade econômica.
Ele mencionou o acordo fechado nessa terça-feira (17) entre o Sindehotéis (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba Região), a Fethepar (Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná) e a Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas) como uma forma inovadora para superar a crise. “Algo criativo que pode ser copiado por outros setores do Estado”, disse.
O acordo
Presidente da Abrabar, Fábio Aguayo explicou que o acordo citado por Silva permite às empresas desses setores anteciparem as férias dos funcionários, de forma individual ou coletiva, com o trabalhador optando por usufruir integral ou parcialmente do período de descanso. Segundo ele, o pagamento do terço de férias também pode ser negociado, possibilitando aos patrões adiar o pagamento da remuneração para depois que a economia se estabilizar. “Estamos trabalhando para a manutenção dos empregos e das empresas. Que isso sirva de exemplo para outras entidades”, afirmou.