Cotidiano

Polêmica sobre transporte público: comissão pede que MP se manifeste sobre reajuste

Segundo a Procuradoria Jurídica da prefeitura, o Município tem até segunda para cumprir a ordem judicial.

Polêmica sobre transporte público: comissão pede que MP se manifeste sobre reajuste

Cascavel – A polêmica envolvendo o reajuste do transporte público de Cascavel ganhou mais um capítulo ontem. Desta vez, vereadores que formam a Comissão de Segurança Pública e Trânsito da Câmara enviaram à 7ª Promotoria de Justiça um pedido para que o Ministério Público se manifeste a respeito da liminar que determinou o reajuste da tarifa de transporte coletivo. A expectativa é de que ela seja majorada de R$ 3,90 para R$ 4,15. Segundo a Procuradoria Jurídica da prefeitura, o Município tem até segunda para cumprir a ordem judicial.

A liminar foi expedida pela Vara da Fazenda Pública de Cascavel e prevê multa de R$ 10 mil por dia em caso de não cumprimento.

Na opinião dos vereadores, a prefeitura deveria ter sido notificada para proceder a verificação do cálculo tarifário no prazo e então apresentar contestação, se fosse o caso. “A liminar concedida foi para aumentar a tarifa, com o argumento de que, caso isso não acontecesse, poderia haver um grande prejuízo à ordem pública de nossa cidade”, explica Hallberg. “No entanto, não há demonstração de riscos de grave lesão à ordem, à segurança ou à economia pública que justificassem uma liminar deste modo”.

A reportagem questionou o Município sobre previsão de reajuste, mas não houve retorno.

Greve

Em meio a isso, há o risco de paralisação dos motoristas. Eles notificaram as empresas de que cruzariam os braços a partir das 15h30 desta quinta-feira (12), quando se encerra o prazo de 72 horas do aviso. A categoria promete manter apenas 30% da frota rodando.

Contudo, a greve ainda não está definida. “Definiremos o momento mais estratégico para suspender as atividades, visto que agora teremos permissão legal”, afirma Nelson Borba, presidente do Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Cascavel).

O impasse é sobre o reajuste de 33% do vale-alimentação, subindo para R$ 400. As empresas são contra.