Curitiba – O resultado abaixo da média obtido pelo Brasil no Índice de Percepção da Corrupção 2019 mostra que o Paraná está no caminho certo ao adotar mecanismos que permitam combater o problema no serviço público estadual. O ranking foi apresentado nessa quinta-feira (23) pela organização Transparência Internacional, que organizou debates sobre o assunto. O controlador-geral do Estado, Raul Siqueira, foi convidado para participar de um dos painéis.
Pelo ranking produzido pela entidade, na escala entre mais corrupto (índice zero) e o menos corrupto (índice 100), o Brasil alcançou 36, o mesmo obtido no levantamento de 2018. Esse resultado coloca o País na 106ª posição entre os 180 avaliados, atrás de países como Uruguai (21ª), Chile (26ª), Argentina (45ª), Cuba (60ª) e Equador (93ª). Nas melhores posições ficaram Dinamarca e Nova Zelândia, com o índice 87, e Finlândia, com 86, e a média ficou no índice 43.
A CGE paranaense passou por capacitação na Dinamarca ano passado e diversas ações anticorrupção já começaram a ser implantadas. “Vamos manter o foco, o trabalho e a determinação para melhorarmos nossa posição nesse importante ranqueamento. O Paraná fará sua parte para melhorar a posição do Brasil”, completou Siqueira.
Siqueira apontou a implantação do Programa de Integridade e Compliance em todos os órgãos e entidades do Poder Executivo, iniciado ano passado, como carro-chefe do combate à corrupção no Estado. “Este programa engloba, entre outras atividades, o mapeamento de riscos a atos ilícitos e medidas ou mecanismos de mitigação dessas ameaças à integridade do serviço à população”, explicou o controlador-geral do Paraná.
No debate estavam representantes de outros estados, que também estão adotando medidas de combate à corrupção. O Paraná foi o primeiro estado a implantar, por força de lei, o Programa de Integridade e Compliance, e, segundo o controlador-geral, é visto como referência nesta inovação. Porém, ele ressaltou a qualificação técnica como fundamental para o sucesso do Programa.
índu