Política

EDITORIAL : Tempos de intolerância e exageros

Em tempos em que todos têm opinião por meio das redes sociais, confundir liberdade de expressão com falta de respeito é bastante comum. No Brasil, inclusive. Tanto que o País ostenta o vexatório sétimo lugar no ranking da intolerância, ao lado de países como Estados Unidos, Polônia e Espanha.

Discurso de ódio, propagação de preconceito e intolerância viraram “é o que penso, pronto, falei!” Desde quando ofender outra pessoa por sua cor de pele, por sua aparência, até mesmo por sua condição social é uma opinião? Isso é falta de educação! É desrespeito! É maldade pura!

Já para especialistas, o assunto é tratado como cyberbullying e lá aparece o Brasil em destaque: o País ocupa a segunda posição em agressões online a adolescentes. Metade dos pais diz que a agressão partiu de um colega de escola do filho; a maior parte via redes sociais.

Os dados são do Geekie One, plataforma de educação personalizada desenvolvida pela Geekie, que tem auxiliado as escolas a lidar com a questão ao oferecer conteúdo integrado a dinâmicas inovadoras e canais de multimídia que apoiam uma aprendizagem mais significativa e conectada com os novos tempos.

Claro que sobra para as escolas tentar corrigir o problema. Afinal, quantos desses adolescentes veem seus próprios pais expondo suas “opiniões” nas redes sociais, talvez ainda mais agressivas?

Não! Educação e respeito vêm de casa. Quando o jovem tem de aprender isso nas ruas, provavelmente vai ser de uma forma bastante traumática, tenha certeza. Uma coisa é ensinar o filho a não se calar diante de uma agressão, para aprender a se defender na vida. Outra é ensinar seu filho a ser o agressor. Mesmo que em formas de “atualização de status”.