Reportagem: Cláudia Neis
Cascavel – Os recursos do Pronon (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica) do Ministério da Saúde, que são aguardados pelas duas Unidades do Hospital do Câncer Uopeccan, de Cascavel e Umuarama, ainda não têm data para serem repassados. Enquanto isso, é a solidariedade da comunidade que ajuda a instituição a continuar funcionando. “Nós só conseguimos equilibrar as contas do hospital com todo o apoio e o suporte que a comunidade nos dá, participando dos eventos e fazendo as doações. Se não fosse esse auxílio, certamente passaríamos por dificuldades financeiras para o custeio das unidades”, garante o administrador do hospital, Luciano Maldonado Felipe.
Os projetos apresentados pelo hospital ao Pronon são relacionados a compras de equipamentos para melhorias nos atendimentos, mas parte do recurso seria destinada ao custeio da Uopeccan, que presta 1,4 mil atendimentos por dia. “Sem a liberação dos recursos, alguns investimentos que estavam previstos ficam comprometidos, assim como o custeio de algumas atividades. Caso os recursos já tivessem sido liberados, isso nos daria um fôlego para pudéssemos repensar onde fazer a locação do capital de giro do hospital. Como não há o recurso, tampouco uma previsão, teremos que repensar o futuro de alguns projetos”, adianta o administrador.
São vários projetos pendentes, alguns inclusive com valores já defasados, por isso não há montante atualizado.
Fôlego
O repasse de cerca de R$ 200 mil para cada uma das unidades, em parcela única, anunciado pelo Ministério da Saúde, garantiu um fôlego ao hospital. A verba é direcionada para custeio de ações e serviços públicos de saúde relacionados ao grupo de atenção de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar.
Habilitações
Outras notícias comemoradas pela Uopeccan são habilitações da unidade de Umuarama: para a realização de cirurgia bariátrica e a radioterapia. Mas as definições não significam mais recursos. “A habilitação para a cirurgia bariátrica deve trazer incremento de recursos, mas, de acordo com os atendimentos, depende do volume de operações realizadas. Já o serviço de radioterapia não trará incremento de recursos direto, pois o governo do Estado já vinha pagando os atendimentos, então a habilitação é uma formalização entre o hospital, o Estado e Ministério”, explica Luciano.