O verão é uma época em que as pessoas se sentem mais dispostas, motivadas, ainda mais por causa das comemorações de fim de ano que, muitas vezes, são somadas a um período de descanso.
Por que, então, não aproveitar esse momento do ano para caprichar no treino? É preciso, no entanto, ter cautela para não exagerar, pois o excesso de atividade física também pode resultar em lesões dolorosas e na incapacidade temporária de praticar exercícios físicos.
Para orientar quais as boas medidas a serem tomadas no verão, o educador físico Rafael Oliveira, da rede de academias Selfit, dá dicas para treinar no período mais quente do ano. Confira:
– Hidratação sempre: O suor é um mecanismo de regulação da temperatura corporal, por isso suamos mais no verão. No entanto, perdemos mais água, que tem necessidade de ser reposta com mais frequência. “Não espere sentir sede para beber água, pois, quando ela aparece, já pode ser um sinal de desidratação”, aconselha o profissional.
– Prefira roupas leves: usar roupas leves é a chave para não sofrer nos treinos em dias de calor intenso. “Evite, porém, a exposição ao sol”, diz o educador físico. “Tecidos tecnológicos, com tratamento para barrar os raios UVA e UVB, colaboram neste sentido.”
– Escolha o melhor horário para treinar: por causa das temperaturas altas, o ideal é optar por treinar de manhã ou no fim do dia, destaca Oliveira. Com isso, há um conforto maior e a pessoa tende a ter mais ânimo durante o treino.
– Treinar na água pode ser mais agradável: para quem não gosta de sentir o suor escorrendo pelo corpo ao treinar em um dia de calor intenso, pode optar por fazer atividades dentro da água. Hidroginástica e natação proporcionam esse conforto, explica o educador físico. Mas não se engane: é preciso se hidratar como se estivesse fora da água, afinal, mesmo não percebendo, suamos dentro da água.
– Cuidado com o overtraining: o profissional ressalta que o verão é a época do ano em que mais acontecem os casos de overtraining, que é quando a pessoa deseja atingir um objetivo e exagera no empenho para alcançá-lo. Fadiga, distúrbios de apetite e de sono, por exemplo, são sinais de alerta de que o exercício está além da capacidade do corpo. “Outro sinal é a perda de peso muito rápida, pois pode ser desidratação ou perda muscular.”
– Aceite que o corpo não vai mudar completamente em três meses: não adianta negligenciar a academia o ano todo e querer compensar tudo no verão. “Não existe recuperar o tempo perdido, por isso é preciso ir devagar e seguir uma programação”, recomenda. Seguir à risca o treino orientado pelo professor, no entanto, vai trazer bons resultados dentro de um limite, mesmo em um período curto de tempo.
– Opte por treinos curtos: o High Intensity Interval Training (HIIT) é um treino curto, mas que pode ser uma alternativa boa para quem quer queimar calorias de uma forma mais rápida, além de tonificar a musculatura. Com isso, sobra mais tempo para aproveitar o verão. No entanto, Oliveira orienta que, se a pessoa nunca praticou a atividade, é preciso fazer de forma gradativa. “E quem já pratica a atividade e deseja aumentar a intensidade, é preciso que o educador físico avalie se é realmente o momento. Esse tipo de treino nem sempre é uma constante pois, além do treinamento intenso, exige descanso e adaptação.”