O Brasil pode ainda não ter conseguido o impulso esperado e necessário, mas alguns indicadores voltam a recuperar o ânimo perdido. O País alcança sua menor taxa de juros real da história – embora ainda haja muito para melhorar -, o governo central tem seu menor déficit primário desde 2015 e o risco-país volta aos patamares de maio de 2013, pouco antes do início dos protestos nas ruas que levaram à turbulência política que só arrefeceu com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi também a época que marcou o início da piora da economia brasileira e levou à recessão.
Embora ainda relutantes, alguns bancos começam a ceder em taxas e juros – que continuam absurdos e ofensivos, vale ressaltar. A Caixa, por exemplo, acaba de reduzir o piso da taxa de juros do crédito imobiliário para um dos níveis mais baixos já praticados.
Ainda há muitos gargalos a serem corrigidos, como desemprego acima de 12%, queda no poder aquisitivo, inadimplência alta e baixa demanda. Mas para a roda girar era preciso dar alguns pequenos empurrões.
Por isso, não é o momento para desviar o foco dos desafios como reforma tributária e a continuidade do ajuste fiscal, com a proposta de reforma administrativa que está sendo desenhada.
A agenda precisa ser seguida e acelerada para não perder novamente o embalo. Todos devem se esforçar pelo bem do País. Algumas vaidades podem ser deixadas de lado para que a pauta seja cumprida.
É preciso lembrar que 2020 é ano de eleições e, via de regra, “a coisa pública” tende a parar após o primeiro quadrimestre. Contudo, enquanto isso o povo não deixa de comer e pagar suas contas.