Em tempos de guerra comercial e uma piora no crescimento mundial, quem produz mais e melhor sai na frente. Troféu que vai para a Europa e a América do Norte, que dominam a parte de cima do recém-divulgado ranking de competitividade mundial elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).
O Brasil aparece no meio da lista de 141 países, com o tímido avanço de uma casa no último ano (71ª posição). Mas podia ser pior, pois, na América Latina, apenas a Colômbia também teve avanço, mesmo que pequeno. Os demais países patinam, e bastante.
O levantamento, que analisa 103 variáveis agrupadas em 12 pilares que representam quatro fatores: ambiente favorável, capital humano, mercado e ecossistema inovador, evidencia a tendência à concentração da competitividade em poucos países e o aumento da distância entre os países mais e menos competitivos do ranking.
O que fazer para melhorar? Tudo e mais um pouco.
Claro que o Brasil vem de uma profunda crise e que tem encontrado muitas dificuldades para voltar a crescer, com taxas preocupantes de subemprego e com perda de poder aquisitivo constantes nos últimos anos. Mas se quiser sair do buraco, precisa começar a se mexer e a andar para frente, claro. Não dá para retirar mecanismos de combate à corrupção, afrouxar as regras de confiança jurídica que tanto apanhamos para conquistar.
Também não dá para uma reforma virar objeto de barganha e parar. Desde que foi protocolada no Congresso, a reforma da Previdência vai completar oito meses de discussão. As coisas precisam ser mais céleres se queremos ingressar na parte de cima do relatório.