Política

Investigação das cadeiras

Provocado por meio da Câmara de Vereadores, o Ministério Público acatou solicitação de investigação sobre a compra das cadeiras para o Estádio Olímpico Arnaldo Busato, em Cascavel. O inquérito civil está nas mãos do promotor do Patrimônio Público, Sérgio Ricardo Cezar Machado.

O secretário de Cultura e Esportes, Ricardo Bulgarelli, também fez um levantamento e apontou que, de um total de 10,1 mil cadeiras, 3.639 em bom estado de conservação foram instaladas, 4.902 em bom estado permanecem guardadas, com outras 1.380 em estado regular e mais 253 em péssimo estado.

O MP quer saber agora sobre eventual ato de improbidade administrativa que tenha resultado em prejuízo ao erário diante de eventuais irregularidades na execução da obra.

A compra

O estádio teve a reforma iniciada em 2015 pelo ex-prefeito Edgar Bueno (PDT), quando houve a compra dos assentos de origem da Arena da Baixada, em Curitiba, que trocou o material em função da Copa do Mundo. O preço final pago pelas cadeiras foi de R$ 35,60 cada uma.

Exclusivo

O empresário Rafael Fernandes, proprietário da empresa Rafael F. Fernandes ME, ganhadora da licitação para o fornecimento das cadeiras, falou pela primeira vez sobre o caso à reportagem do Hoje News.

Fernandes garante que as cadeiras têm qualidade – levando em conta cinco anos de uso na Arena – e, sabendo de um eventual defeito em algumas, houve o repasse de um número superior.

Porém, o fato de as cadeiras estarem empilhadas em depósitos não está relacionado à qualidade, mas ao Estádio que não possuir condições de recebê-las. “Instalaram apenas em espaços possíveis, onde deu certo: quando fornecemos o material houve fiscalização e tudo estava adequado. Não tivemos reclamações”.

O empresário diz ainda que teve prejuízos na negociação, pois o Atlético-PR fez um valor mais em conta para a compra das 20 mil cadeiras, no entanto, como a prefeitura adquiriu 10 mil, o valor foi maior e ele teve que honrar com o que estava previsto em edital.