Que o vírus da Covid-19 continua “entre nós” as autoridades de saúde e o cidadão mais atento já sabem, mas o surgimento de duas novas subvariantes no Brasil colocam novamente todos em alerta e a primeira medida já adotada foi a liberação da dose de reforço da bivalente contra a Covid-19. Ainda ontem (7), o Ministério da Saúde passou a recomendar, oficialmente, nova dose da vacina bivalente para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de seis meses.
A antecipação da vacinação, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade é essencial para a proteção das pessoas, diante da identificação das duas novas sublinhagens do vírus. “Seguimos atentos ao cenário epidemiológico da covid-19. Com a identificação de duas novas sublinhagens no país, a JN.1 e JG.3, decidimos antecipar para grupos prioritários uma nova dose da vacina bivalente, disse.
A subvariante JN.1, inicialmente detectada no Ceará, vem ganhando proporção global e já corresponde a 3,2% dos registros em todo o mundo. Já a sublinhagem JG.3, também identificada no Ceará, está sendo monitorada em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Goiás. “Sempre trabalhamos para que estejam disponíveis as vacinas mais atualizadas, seguras e eficazes aprovadas pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Em especial para pessoas em grupos de risco ou com sintomas gripais, recomenda-se maior proteção, como o uso de máscara em locais fechados e evitar aglomerações”, reforçou a ministra.
Ela lembrou ainda que o antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível na rede pública para o tratamento da infecção por covid-19, destinado para idosos com 65 anos ou mais e imunossuprimidos com 18 anos ou mais, logo que os sintomas aparecerem e houver a confirmação de teste positivo.
No Paraná
Com a recomendação do Ministério, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) já anunciou a ampliação da vacinação contra a Covid no Paraná para este público. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, a circulação das subvariantes demonstram que os vírus estão presentes e que continuamos convivendo com eles. “Eles ainda não chegaram no nosso estado, mas vão chegar e, por isso, notificamos as regionais para começar a vacinar”, disse Beto.
Segundo ele, é importante que a população confie na vacinação, porque são as cepas e as novas variantes que podem contaminar muitas pessoas, por isso, os 399 municípios já estão se organizando para atender a estratégia de vacinação. “As salas de vacinas estão abastecidas e o Paraná possui doses suficientes para atender a demanda. Mesmo assim iremos enviar novas doses aos municípios”, ressaltou.
Cuidados
O secretário reforçou ainda que, além da vacinação, é importante seguir as medidas de prevenção e controle, como o uso de máscaras em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além de manter em isolamento os pacientes infectados com o vírus. A recomendação também vale para pessoas com sintomas gripais.
De acordo com dados do vacinômetro nacional, no Paraná foram aplicadas 1.737.603 doses da vacina bivalente, o que corresponde a aproximadamente 18% de cobertura vacinal. Ainda que a cobertura esteja abaixo da estimada, o Paraná é o 8º estado do País com a maior cobertura da bivalente.
Em Cascavel
Em Cascavel, a partir desta sexta-feira (8), todas as unidades de saúde vão iniciar a aplicação da dose de reforço da vacina da bivalente em pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade que tenham recebido a última dose da vacina há mais de 6 meses. Os imunocomprometidos precisam apresentar uma receita médica ou medicamento para provar a condição.
O horário de atendimento da vacinação nas unidades inicia às 8h e segue até 15 minutos antes do fechamento. Neste ano, foram registrados mais de 3,8 mil casos de covid em Cascavel. Até o momento, mais de 17 mil doses de bivalente foram aplicadas em pessoas acima de 60 anos em Cascavel, sendo que a população idosa da cidade é superior a 47 mil pessoas.
Foto: Secom