Serviço de obesidade e cirurgia bariátrica do HUOP se torna modelo para a 20ª Regional de Saúde

O Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica (Socb) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), se tornou modelo para a 20ª Regional de Saúde. Representantes dos municípios de Marechal Cândido Rondon, São Pedro do Iguaçu e Toledo, participaram na manhã da última segunda-feira (17), do segundo encontro com os pacientes do Socb no auditório do HUOP, localizado no 3º andar do CEAPAC, que também contou com a presença de estudantes de mestrados, pós-doutorado, acadêmicos de psicologia, nutrição e residentes das áreas de saúde do HUOP também participaram da reunião.

No primeiro mês desse novo grupo, 17 dos 24 participantes eliminaram juntos cerca de 20 quilos, número muito significativo para o coordenador do projeto Dr Allan Araújo.

“O esforço de cada pessoa para comparecer na reunião e aplicar tudo o que conversamos como parte de mudanças no dia a dia, trouxe esse resultado. De pouquinho em pouquinho a mudança vai aparecendo e nesse grupo, os participantes já começaram a ter esses bons resultados. É mostrar que a partir do momento em que o indivíduo deseja mudar, ele consegue”, ressaltou o coordenador do projeto.
Maria Regina é uma das participantes, já no primeiro mês conseguiu eliminar mais de quatro quilos após mudanças na alimentação acompanhada de exercícios diários. “Não é fácil mudar tudo, o primeiro passo que fiz foi tirar o açúcar, cortei carboidratos e frituras. Passei a consumir mais legumes e peixes nas principais refeições, tudo isso aliado a atividade física diariamente”, comentou Maria.

Para Diogo Bonfim, outro participante do grupo, os quilos que já eliminou são resultado da transformação desempenhada no dia a dia, com atitudes básicas “Quando tivemos a primeira reunião, eu segui as recomendações e decidi ir ao trabalho a pé como forma de fazer atividade física. Passei a cuida melhor da minha alimentação e com isso, a cada dia fui alçando esse resultado e eu sei que é só o começo”, comentou Diogo.
Durante os encontros, profissionais que estão à frente do grupo mostram que o processo de emagrecimento é composto por vários fatores, até mesmo no ato de mastigar o alimento. A nutricionista Claudia Felicetti explica que nosso corpo precisa entender nossa mudança “Fazemos tudo de forma automática e sem perceber, o que mais escutamos é que as pessoas não têm tempo para se alimentar. É através da mastigação que liberamos hormônios e na hora das principais refeições cometemos erros sem perceber. Por exemplo: Cortar os alimentos de forma grande, encher o garfo com muita quantidade de alimento e comer muito rápido dificulta o processo de absorção de nutrientes dos alimentos e nossa digestão. O ideal para obtermos à saciedade em cada refeição é mastigar de 20 a 30 vezes a cada “garfada”. Nosso cérebro precisa de no mínimo 20 minutos para entender e receber a informação que estamos no processo de alimentação”, explicou a nutricionista.

O autoconhecimento

Durante a dinâmica, o tema do autoconhecimento psicológico e emocional foi colocado em pauta entre os profissionais, acadêmicos e participantes do grupo. “Todos nós temos que entender o que sentimos e fazer a anotação de cada sensação assim que ela aparece/acontece, temos que deixar registrado. Principalmente nos momentos que vamos nos alimentar e quando a gente prática isso, sabendo o que é fome e o que é vontade de comer, nosso corpo começa a apresentar bons resultados e com isso temos mais saúde”, explicou a psicóloga do HUOP, Mônica Celis Stelmach.