Saúde

Prefeitura de Foz prepara linha de frente da saúde para o atendimento de casos de chikungunya

Cerca de 150 profissionais de saúde participam desde segunda-feira (18), na Vigilância Sanitária, de uma capacitação para o manejo clínico da doença. Formação segue até segunda-feira (25)

Maioria das infecções foi registrada entre mulheres (60%)
Maioria das infecções foi registrada entre mulheres (60%)

Com base no aumento de casos de chikungunya na fronteira e com as perspectivas de elevação de temperatura neste ano, a Prefeitura de Foz do Iguaçu, através da Vigilância Epidemiológica, da Atenção Primária em Saúde e da Assistência Farmacêutica, deu início na última segunda-feira (18) a um treinamento sobre a doença para 150 médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente dos serviços de saúde, incluindo unidades básicas, de pronto-atendimento e da especializada, hospitais públicos e privados, e demais setores da rede.

A formação que segue até segunda-feira (25) visa preparar os profissionais para o atendimento e manejo clínico correto do paciente com a doença.

A capacitação é fundamental para ampliar o conhecimento de uma doença relativamente nova e que já conta com o registro de casos autóctones (originário) no município. No Paraguai, país vizinho, houve epidemia dessa arbovirose no último ano epidemiológico, com a infecção de cerca cem mil pessoas.

“É uma doença nova e preocupante porque tivemos aumento de casos no último ano epidemiológico e concomitante uma epidemia no Paraguai, que teve mais de 100 mil casos e estamos no mesmo território, o que pode sinalizar um aumento de casos em Foz do Iguaçu, explicou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Érica Ferreira de Souza.

No treinamento, os profissionais de saúde receberão conhecimento técnico sobre o manejo correto da doença desde o primeiro atendimento, passando pelos encaminhamentos corretos dentro da rede, a solicitação de exames específicos e o monitoramento do paciente com a doença, que pode chegar até seis meses ou mais.

Embora a doença seja transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, o tratamento da chikungunya é diferenciado e a enfermidade pode ter mais impactos em longo prazo.

“Inicialmente os sintomas são parecidos com os da dengue, com febre e dor muscular, mas a chikungunya pode cronificar, porque apresenta inflamação articular, que precisa ser acompanhada por medicação específica e monitoramento que pode chegar a seis meses”, acrescentou Érica.

Dados

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o Município registrou 1.091 casos confirmados Chikungunya e 01 óbito pela doença no último ano epidemiológico – 2022/2023 (de 01 de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023) -, e mais de 55 mil notificações de casos suspeitos dengue. A prevenção é a mesma para ambas: prevenir a criação do mosquito Aedes aegypti.

Fonte: PMFI