Saúde

PR recebe certificação da eliminação do HIV e selo bronze pela sífilis

PR recebe certificação da eliminação do HIV e selo bronze pela sífilis

Curitiba – A Secretaria de Estado da Saúde recebeu na sexta-feira (8) a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e o Selo Bronze de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis. O reconhecimento pelo Ministério da Saúde aconteceu após o Estado ter cumprido todas as metas estipuladas para a certificação, em evento ocorrido no auditório do Tribunal de Contas da União, em Brasília.
A Transmissão Vertical ocorre quando a doença passa da mãe para o filho no útero ou durante o parto. Quando seguidas as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal, parto e pós-parto, mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de não passar o vírus ao filho. “O Paraná é um dos primeiros estados a passar por essa certificação e vamos continuar trabalhando junto aos municípios para diminuir cada vez mais a possibilidade desta transmissão”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
De acordo com a secretária-adjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Angelica Espinosa Barbosa Miranda, o Paraná segue sendo protagonista na eliminação vertical do HIV e sífilis.
“Já era esperado que o Paraná fosse um dos estados a receber a certificação de eliminação da transmissão vertical do HIV e o selo de boas práticas para sífilis. O bom trabalho realizado junto aos municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes resultou em vários deles já com a certificação, isso nos traz a certeza do sucesso das ações realizadas pelo Estado”, afirmou.

Ações
Desde 2019, o Paraná desenvolve diversas estratégias voltadas à redução do risco de exposição, como monitoramento, busca ativa dos casos, qualificação do banco de dados, compartilhamento de informações, capacitações, distribuição de insumos para prevenção e disponibilização de testes rápidos para detecção precoce disponibilizados nos 399 municípios do Estado.
Em 2017, o Paraná foi destaque nacional por ser o primeiro Estado a receber a certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV, no município de Curitiba. Em 2022, por meio do município de Guarapuava, figurou como o primeiro Estado a receber dupla certificação da eliminação Vertical do HIV e sífilis. Os municípios de Umuarama, Pinhais, Maringá e Ponta Grossa também possuem a certificação da eliminação Vertical do HIV. Pinhais, Curitiba, e Umuarama já possuem o selo prata de boas práticas para a eliminação da sífilis. Na ocasião, os municípios paranaenses de Arapongas, Apucarana, Almirante Tamandaré, Colombo, Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo também receberam a certificação e/ou o selo de boas práticas para a eliminação.
A Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical é uma das estratégias do Ministério da Saúde de fortalecimento da vigilância em saúde e aprimoramento das ações de prevenção, diagnóstico, assistência e de tratamento das gestantes e das crianças.
Entre os critérios para obter a certificação estão os indicadores de impacto como incidência de sífilis congênita, incidência de infecção pelo HIV em crianças, taxa de transmissão vertical de HIV e indicadores de processo como proporção de gestantes com pelo menos quatro consultas de pré-natal, proporção de gestantes com pelo menos um teste de HIV e/ou sífilis durante o pré-natal, proporção de gestantes em uso de terapia anti-retroviral (TARV) e proporção de gestantes com tratamento adequado para sífilis.

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Cascavel é Prata
Cascavel recebeu o Selo Prata de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV. A avaliação da Comissão ocorreu no mês de setembro, onde profissionais indicados pelo Ministério da Saúde estiveram em Cascavel e visitaram as unidades de saúde, Hospital Universitário, Laboratório Municipal, Vigilância Epidemiológica e organização sociedade civil, buscando certificar os dados fornecidos e fortalecer as ações já desenvolvidas.
No período de 2014 a 2019 foram registrados o acompanhamento de 93 gestantes com HIV em Cascavel, tendo registro de 4 casos de transmissão vertical. No período de 2020 a 2023 foram acompanhadas 86 gestantes, tendo nenhum registro de casos de transmissão vertical.