A saúde integral é muito mais do que tratar ou prevenir dores e doenças. Ela parte do princípio de rever todas as áreas da vida. Construir um cardápio novo, por exemplo, pode ser o que falta para que seu dia a dia seja de mais bem-estar, mas esse cardápio nem sempre envolve apenas comida. Saiba por quê.
Trabalhar com Saúde Integrativa significa avaliar todas as faces da vida, observar o que está em desequilíbrio e em desacordo com os objetivos traçados pelo paciente e sugerir mudanças e tratamentos. Quer mais produtividade? Melhor qualidade do sono? Mais foco nas suas decisões? Relacionamentos mais saudáveis? Talvez o primeiro passo seja rever o que você come e o que coloca para dentro do seu organismo, de todas as formas.
É bem possível que você vá a uma consulta de Saúde Integrativa e saia com uma nova dieta. Mas tem um fator muito importante que também é considerado quando trabalhamos de uma forma integral: nutrição não diz respeito apenas ao que ingerimos pela boca. Tudo que está em nosso entorno nutre nosso organismo: o que vemos, ouvimos, tocamos. “Quando a energia que nos rodeia é tóxica, podemos, sim, adoecer”, revela a fisioterapeuta Frésia Sá, especializada em Saúde Integrativa.
Segundo ela, o foco dos tratamentos de Saúde Integrativa é exatamente este: “Entender que aspectos da vida precisam ser realinhados para tenhamos saúde integral. Isso vale para o que comemos, para quem convivemos, para os lugares que frequentamos. A vida é integral e, portanto, requer escolhas conscientes em todos os sentidos”.
Por exemplo, os efeitos nocivos de uma má dieta podem vir do que ingerimos (alimentos) e do que geramos (emoções) em nosso organismo. Veja:
Sono – O que você come pode afetar a qualidade do seu sono ou deixar você sonolento ao longo do dia. Rever as suas escolhas nutricionais pode ser uma saída.
Inchaço – Muitas pessoas estão descobrindo que o inchaço que sentem, especialmente ao fim do dia, nem sempre é consequência do estresse ou de como você trabalha (sentado a maior parte do tempo, ou em pé por horas demais), mas, sim, do que você come. Além disso, se conectarmos com as nossas emoções, o inchaço pode vir do medo da falta, de perder tudo, estando, inclusive, relacionado a traumas de perdas.
Falta de foco – A alimentação pode ajudar nossa mente ou diminuir sua capacidade, você sabia? Junto com outras práticas, como leituras, meditação, entre outras, comer melhor pode ser um santo remédio. Mas, de qualquer forma, a falta de foco pode vir de uma dificuldade de relacionamento com as próprias escolhas, pois nos impede de enxergar aquilo que realmente nos importa.
Ansiedade – A ansiedade também pode ser decorrência de deficiências alimentares ou de uma forma errada de comer. Correndo demais, sem dar o devido tempo ao corpo de aproveitar os alimentos. Uma refeição pode, e deve, ser um momento de paz. Além das deficiências alimentares, a ansiedade pode estar relacionada ao excesso de trabalho, especialmente pela dificuldade de falar não.
Cansaço – Muitos alimentos, ou a falta de outros, podem tirar nossa vitalidade e produzir um cansaço extremo, que nada tem a ver com as atividades físicas ou mentais que realizamos. Além dos alimentos, o cansaço pode ser fruto da falta de um exercício físico prazeroso e de dificuldades de escolher atividades variadas em família ou entre amigos.
Doenças – Esse é o fator mais fácil de explicar. De diabetes a doenças cardiovasculares, passando pela hipertensão, pela obesidade e a falta de nutrientes importantes para nossa saúde, tudo parte das escolhas que fazemos, tanto em relação com o que colocamos em nosso prato, quanto ao trabalho e aos nossos relacionamentos. Decisões coerentes com o que realmente desejamos promovem saúde.
Fonte: www.biointegralsaude.com.br