Foz do Iguaçu – A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) promoveu ontem (1º) uma capacitação direcionada a médicos, enfermeiros, profissionais da atenção à saúde, agentes de endemias e agentes comunitários de saúde para a prevenção e tratamento da chikungunya. O evento aconteceu no auditório da Polícia Federal, em Foz do Iguaçu, onde há o maior número de casos confirmados da doença. Participaram representantes da Vigilância Ambiental da Sesa, do Ministério da Saúde e da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O encontro reuniu cerca de 360 profissionais.
Esta é uma das ações conjuntas dos governos federal, estadual e municipal de enfrentamento ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Temas como aspectos epidemiológicos, diagnóstico, manejo clínico e tratamento da chikungunya foram os tópicos discutidos.
No início do mês, o registro de três casos autóctones, ou seja, aqueles em que o paciente foi infectado na própria cidade onde reside, acendeu o alerta para o enfrentamento à doença. Os casos ocorreram nos municípios de Pato Branco, Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, César Neves, essas ações são fundamentais para conter a doença. “Era previsto que o município de fronteira, principalmente Foz do Iguaçu, teria esse aumento, já que o Paraguai decretou situação de surto da doença no país. Emitimos o alerta no início do mês e estamos acompanhando a evolução, desde então”, disse
Nesta quinta-feira (2), a equipe da Vigilância Ambiental estenderá a capacitação para o município de Pato Branco, no Sudoeste do Estado.
CUIDADOS
Os criadouros mais comuns do mosquito da dengue são pneus, calhas, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, latas, lonas ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento, banheiros em desuso, cisternas sem vedação adequada e recipientes que possam acumular água.
De acordo com o último boletim epidemiológico, publicado nesta terça-feira (28), o Paraná registra 27 casos da doença. São 13 casos importados, nove autóctones e cinco ainda permanecem em investigação quanto ao local provável de infecção.
Os casos foram registrados nos municípios de Céu Azul (1), Curitiba (4), Foz do Iguaçu (7), Guaíra (1), Ibiporã (1), Itaipulândia (1), Jacarezinho (1), Matelândia (2), Mercedes (1) Paranavaí (1), Pato Branco (2), Santo Antônio do Caiuá (1), São José dos Pinhais (1) e São Miguel do Iguaçu (3).
PALESTRANTES
Entre os palestrantes estavam Camila Ribeiro, enfermeira do MS; Kleber Luz, infectologista da OPAS; Ivana Belmonte, coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Eneas Cordeiro de Souza Filho, médico; Célia Cruz, diretora do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), e Sidneya Marques, enfermeira da Gerência de Atenção Primária da Sesa.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, o diagnóstico e a notificação dos casos são elementos-chave para conter a doença. “Monitoramos caso a caso, mas somente com os diagnósticos efetivos e as não subnotificações conseguimos os números reais, e aí sim podemos implantar ações resolutivas no local onde existe a doença.”, alertou.
Foto: Sesa
+++
Anvisa derruba obrigatoriedade de máscaras em aeroportos e aviões
Brasília – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) derrubou, ontem (1º), a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões. A decisão foi tomada por unanimidade durante a primeira reunião ordinária do ano da diretoria colegiada da agência reguladora.
Ao considerarem uma melhora no cenário de Covid-19 no Brasil, com redução de casos e mortes em relação a 2022, os diretores da Anvisa decidiram manter apenas a recomendação do uso de máscaras em aeroportos e aviões, sobretudo para grupos mais vulneráveis e pessoas com sintomas respiratórios. “A Anvisa reforça que haverá a obrigatoriedade de fornecimento, por parte da tripulação, de máscara facial para casos suspeitos”, destacou a agência, por meio de nota.
Ainda de acordo com o comunicado, as seguintes medidas permanecem em vigor no país: desembarque de passageiros por fileiras; impedimento de viagens para casos confirmados de Covid-19; exigência de limpeza e desinfecção de ambientes e aparelhos de ar-condicionado; e avisos sonoros sobre o uso de máscara em aeroportos e aeronaves.
A obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões no Brasil havia sido retomada em novembro do ano passado, diante de uma perspectiva de aumento de casos da doença. Algumas semanas depois, o país atingiu um novo pico de infecções por Covid-19, com 350 mil novos casos.