Cascavel – Depois de uma segunda onda fortíssima, o oeste começa a respirar mais tranquilo nesta pandemia. Embora ainda grave, o mês de julho caminha para fechar com o menor número de óbitos por covid-19 neste ano na região oeste. Com base nos dados compilados até o último dia 25, a média diária de mortes é de 8, menos da metade do registrado mês passado e igual à de janeiro. O levantamento é feito pela data da ocorrência da morte, e não da divulgação, que consta nos boletins diários.
Outra boa notícia é que, em julho, 17 cidades da região (34%) não perderam moradores para a infecção. Esse é o melhor registro neste ano. Para se ter ideia, mês passado, apenas sete municípios constavam nessa lista.
Apesar disso, vale lembrar que, apenas neste ano, a região perdeu 2.947 para a covid-19 com base nos dados registrados até 25 de julho.
Março segue como o pior mês da pandemia, com 851 mortes. Naquele mês, a região perdeu uma média de 27 pessoas por dia. Os três meses seguintes mantiveram números parecidos, com pequena elevação em junho, resultado da superlotação dos hospitais.
O município com mais mortes por covid-19 neste ano é Foz do Iguaçu, que soma 790 óbitos desde janeiro. Considerando o ano passado, conforme o boletim divulgado ontem pelo Município, Foz perdeu 1.073 cidadãos.
Cascavel aparece na sequência, com 644 óbitos neste ano, de um total de 897 desde que começou a pandemia. E, em terceiro, vem Toledo, que soma 300 em 2021, com total de 408.
Dentre as cidades sem óbitos em julho, destaque para Braganey, que está há três meses sem mortes. Marca que era ostentada por Iguatu e Mercedes, que ficaram abril, maio e junho sem óbitos, mas perderam uma pessoa cada um neste mês.
Boletim divulga mais 20.001 casos e 194 óbitos
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nessa segunda-feira (26) mais 20.001 casos e 194 mortes pela covid-19 no Paraná. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Estado soma 1.359.778 casos e 34.314 óbitos.
Os casos informados ontem são de março (2), abril (8), maio (7) junho (23) julho (39), agosto (15), setembro (54), outubro (89), novembro (467) e dezembro (875) de 2020 e de janeiro (1.341), fevereiro (2.302), março (5.190), abril (3.033), maio (3.703), junho (1.308) e julho (1.545) deste ano.
Já os óbitos são de 80 mulheres e 114 homens, com idades que variam de 20 a 101 anos, ocorridos de 10 de março de 2020 a 26 de julho de 2021.
Internados
Pela primeira vez desde janeiro, o Paraná volta a registrar menos de 3 mil pessoas internadas em leitos exclusivos para tratar covid-19. Ontem, havia 2.897 pacientes nessas alas, sendo 1.550 em UTIs.
O número de casos ativos (com capacidade de transmissão do vírus) também teve queda e voltou a 301.767, o menor desde 31 de maio.
Paraná aplicou 7,5 milhões de doses contra covid-19
Curitiba – O Paraná ultrapassou nessa segunda-feira (26) a marca de 7,5 milhões de doses aplicadas na população e agora ocupa a quinta posição entre os estados que mais vacinaram contra a covid-19, passando a Bahia no total de doses administradas pela primeira vez na campanha. Em números absolutos, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão na frente.
Segundo o sistema do Ministério da Saúde, atualizado em tempo real pelos municípios, 7.539.214 vacinas haviam sido aplicadas no Estado até o fim da tarde de ontem, com 5.503.664 pessoas que receberam a primeira dose e 2.035.550 paranaenses totalmente imunizados, ao tomarem a dose de reforço ou o imunizante de dose única.
Com esses números, 66,5% da população adulta recebeu ao menos uma dose e quase um quarto dos paranaenses com mais de 18 anos já completaram o ciclo vacinal.
A campanha de imunização deve atingir, neste momento, apenas a população maior de 18 anos, que é de 8.714.136 pessoas. A previsão do governo do Estado é que 80% desse público receba ao menos uma dose até o final de agosto, chegando a 100% até o fim de setembro.
Perfil
O Paraná é o terceiro estado que mais vacinou a população geral, fora dos grupos prioritários, público que lidera as aplicações no Estado. Foram 2.311.613 de doses administradas nesse grupo, com 2.278.633 pessoas com idade entre 18 e 59 anos que receberam ao menos uma dose de imunizante. Já entre os idosos, 1.825.719 de pessoas com 60 anos ou mais foram vacinadas, sendo que 74,4% delas completaram o ciclo vacinal.
Também foram aplicadas 561.040 doses em pessoas com comorbidades, 82.668 doses em gestantes e puérperas, 64.926 em idosos institucionalizados, 51.690 em pessoas com deficiência, 26.447 na população privada de liberdade, 19.200 doses em indígenas, 8.580 em quilombolas, 3.780 em pessoas em situação de rua, 3.388 em pessoas com deficiência institucionalizas e 2.834 na população ribeirinha.
Dentre as categorias profissionais incluídas nos grupos prioritários, por estarem mais expostos ao coronavírus, foram administradas 757.408 doses em trabalhadores da saúde – 449.490 profissionais vacinados, sendo que 67,7% deles com a duas doses. Também foram aplicadas 231.412 em trabalhadores da educação básica; 88.625 em caminhoneiros, sendo que 78.705 receberam a dose única; e 34.462 nas forças de segurança e salvamento.
Foram administradas, ainda, 33.516 doses em profissionais da educação superior; 15.974 nos trabalhadores do transporte coletivo (13.697 dose única); 15.176 trabalhadores da limpeza; 13.020 em portuários; 10.425 nas Forças Armadas; 6.154 em trabalhadores industriais; 4.629 em funcionários do sistema penitenciário; 4.241 em profissionais do transporte aéreo; e 2.767 em trabalhadores do transporte ferroviário e aquaviário.
Municípios
Em doses absolutas, os municípios que mais aplicaram vacinas foram Curitiba (1.322.290); Londrina (386.429), Maringá (367.419), Cascavel (228.466), Foz do Iguaçu (206.422), Ponta Grossa (197.316), São José dos Pinhais (170.765), Colombo (130.224), Paranaguá (114.371); e Guarapuava (100.493).
Estado receberá 649 mil doses
O Paraná deve receber entre hoje e amanhã mais 649.420 doses de vacinas contra a covid-19. O lote inclui cerca de 130 mil doses para a primeira aplicação, o que deve garantir o avanço da campanha de imunização por idade no Estado. As demais são destinadas a grupos prioritários imunizados no primeiro semestre.